Em meio a acusação de falta de assistência aos flagelados da enchente, famílias recebem o benefício eventual
O ‘Benefício Eventual’, repassado pelo Governo do Estado e entregue através da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Paragominas, contempla parte das famílias atingidas pelas águas que inundaram quase toda a cidade em 12 de abril do corrente ano.
Na manhã de terça-feira (17), de acordo com a Secretária Municipal de Assistência Social, Tânia Cristina, 65 famílias receberam a terceira parcela do benefício que e outro grupo recebe a segunda parcela na terça-feira (18).
O Benefício eventual foi pago prioritariamente às famílias que foram desalojadas e ficaram em abrigos disponibilizados pela Prefeitura.
Com relação aos que foram afetados tragédia, mas não ficaram desalojados, a Secretária Tânia Cristina falou: ‘Nós ainda estamos terminando as visitas (porque é uma quantidade grande). Essas visitas tem objetivo de verificar a questão: Se está em área de risco; Se não está em área de risco, mas a casa foi atingida; Se é por conta do sinistro… A partir daí, a equipe de engenharia emite um laudo para que, com esse laudo, a gente possa ir em busca de unidades habitacionais’.
Foram solicitadas ao Ministério da Integração Nacional 120 unidades habitacionais de forma prioritária. Após a conclusão da fase de visitas e construção de laudo, novas unidades poderão ser solicitadas.
Além do benefício, as famílias receberam uma cesta básica doada pela Defesa Civil do Governo Federal e foram encaminhadas para acompanhamentos nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Camboatã e Jaderlândia por serem os próximos aos locais onde estão residindo a maioria destes beneficiários.
Falta de assistência
Na última sessão da Câmara Municipal de Vereadores, realizada no auditório da Prefeitura, na terça-feira (10), dezenas de pessoas que foram afetadas pela enchente pediram aos representantes do poder legislativo que cobrem soluções do executivo.
Alcirlei dos Santos Pinheiro se apresentou como representante de 418 famílias do bairro Sidney Rosa que estariam todas traumatizadas pela enchente e pela falta de assistência, de acordo com ele o bairro é ‘invisível para a sociedade’.
Joelma Portela, empresária que perdeu todo o seu material de trabalho e viu o prédio em que trabalhava praticamente destruído disse: ‘As barragens destruíram sonhos, frutos de trabalho de 30 anos… Em momento algum o Prefeito nos ouviu’.
Os vereadores se sensibilizaram com as colocações apresentadas e a presidente da Câmara, Denise Gabriel, se comprometeu em apresentar a demanda ao Prefeito.
Por Célia Santos – Jornalista DRT 2988 PA
