Paragominas

Vítimas da enchente em Paragominas voltam a protestar

(Imagem: Célia Santos)

Uma forte chuva que teria causado o estouro de barragens e devastado a cidade que, cinco meses depois, ainda se recupera do sinistro.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e Defensoria Pública Estadual (DPE) instauraram inquérito e apuraram que a tempestade que se abateu contra a cidade causou o estouro de barragens construídas de forma irregular.  Com a conclusão do inquérito, no final do mês de junho, foi enviado à justiça o pedido de indenização por danos materiais no valor de mais de R$10 milhões, mais R$10 milhões de cada um dos quatro proprietários por danos morais coletivos, bem como a condenação dos mesmos.

A Prefeitura de Paragominas também foi responsabilizada pela omissão, por não haver fiscalizado as barragens, e pela falta de limpeza dos afluentes. O MP e a DPE pedem indenização no valor de R$24 milhões para que sejam reparados danos às famílias.

A tragédia ocorrida na madrugada de 12 de abril de 2018, ainda é sentida por moradores de áreas de risco que foram atingidos pela enchente.

As famílias foram abrigadas e posteriormente locaram imóveis pagos com o aluguel social no valor de r$ 400,00 que estariam sendo pagos sempre com atraso.

‘Atrasaram dois meses. Pagaram um e deixaram outro. Já vai vencer mais um’.

O pagamento de um dos meses atrasados foi feito logo após um protesto realizado uma semana atrás.

Nesta terça-feira (11), um grupo de vítimas da enchente se reuniu na Praça Célio Miranda, no centro de Paragominas, para protestar, segundo eles, pela falta de resposta quando à construção de casas para eles.

‘Arrumaram o Lago. E as nossas casas?’ Falou dona Das Neves, uma das vítimas.

De acordo com o senhor Antônio, um dos manifestantes, esse protesto seria em busca de respostas quanto à construção de casas para os desabrigados pela enchente. Restam três meses para finalizar o aluguel social e ainda sabem onde irão morar.

Por Célia Santos – Jornalista DRT 2988 PA

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