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PGE discute suspensão das atividades da Hydro

Ivan Duarte/O Liberal

Em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (3), na sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE), em Belém, representantes do órgão e das secretarias de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) discutiram a decisão da empresa Hydro de suspender as operações das refinarias Alunorte e Mineração Paragominas no Estado do Pará.

A mineradora justificou a suspensão dizendo que a área de depósito de resíduos de bauxita 1 alcançou sua capacidade máxima. De acordo com o secretário da Semas, Thales Belo, a justificativa não tem fundamento, já que a própria empresa já havia informado que a vida útil do depósito só encerra em maio de 2019. “O Estado quer que a empresa nos traga a motivação de que essa vida útil acaba agora. Se não informarem, atuaremos em campo e, dependendo do que for encontrado pela equipe técnica, tomaremos medidas”, garantiu.

Para o Procurador Geral do Estado, Ophir Cavalcante Júnior, a mudança de posicionamento da empresa foi repentina. “Fomos surpreendidos com a ação da mineradora. Cerca de 11% da bauxita mundial está aqui e esse empreendimento traz muito lucro para a empresa. Não vejo sentido na retirada. É muito estranho, mas precisamos apurar melhor e analisar os motivos técnicos”, comentou.

O Procurador ainda adiantou que a Hydro terá que apresentar ao Estado e à população o motivo de suspensão das atividades. Além disso, afirmou que o Governo luta para manter os cerca de 10 mil empregos vinculados à mineradora e que essa é a prioridade no momento.

(ORM)

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