Retrospectiva do WhatsApp 2018: novo golpe atinge milhares de usuários
Uma mensagem que promete uma retrospectiva do WhatsApp 2018 é o novo golpe no mensageiro. O recurso funcionaria como uma memória, capaz de relembrar atividades como fotos enviadas, status e conversas. No entanto, a ação é uma armadilha de cibercriminosos para atrair as pessoas a acessarem um link e, assim, lucrar com o número de cliques a partir de anúncios na página. De acordo com dados levantados pela PSafe, empresa de segurança na Internet, foram detectados 339 mil casos em 16 horas e o número segue em crescimento. Em resposta ao TechTudo, os especialistas da empresa afirmaram que esse tipo de golpe é comum no mensageiro, pois o uso de engenharia social por hackers é recorrente na plataforma.
Para visualizar o resultado da retrospectiva, os interessados deveriam compartilhar a mensagem de divulgação da falsa novidade até completar uma barra de carregamento exibida no endereço digital. A atitude abre brechas para o acesso de informações pessoais, como nome, número de telefone e até dados bancários. Um motivo que pode ter influenciado o engajamento dos usuários é o fato de que esse tipo de campanha é tradição no Facebook, o qual exibe as fotos mais curtidas, comentários e novos amigos adicionados ao fim de cada ano por meio de um vídeo personalizado — veja como fazer.
Como se proteger
A rede social é alvo de ações criminosas desse tipo com frequência, mas como o sistema adotado pela plataforma usa o método de criptografia de ponta a ponta, se torna difícil identificar a origem da mensagem. Por isso, os usuários devem se precaver para não serem vítimas nesses casos. Uma das maneiras de checagem é pela verificação de erros de ortografia, presença de caracteres especiais e ao perguntar para o contato remetente a procedência da informação. O WhatsApp também criou um recurso para denunciar conteúdos suspeitos de forma nativa, o que facilita a detecção de notícias falsas, também conhecidas como fake news.
Além disso, vale utilizar uma ferramenta criada pelas Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para o WhatsApp, sem sair do aplicativo. Outra medida é usar os recursos online desenvolvidos pela página Fato ou Fake, que tem o objetivo de confirmar a autenticidade de assuntos que circulam na web.
Casos anteriores
Vale lembrar que, apenas nos meses de novembro e dezembro, o mensageiro sofreu, pelo menos, três golpes diferentes. O mais recente deles envolvia a marca mundial de bebidas Coca-Cola com a oferta de brindes. Outro atingiu mais de 5 mil pessoas ao clonar o número dos celulares que eram utilizados para enviar mensagens com pedidos de dinheiro. O terceiro ataque se aproveitou das comemorações natalinas para criar uma falsa promoção da empresa de cosméticos O Boticário que, supostamente, oferecia produtos da sua linha de maquiagem.
Tech Tudo – Por Eduardo Manhães