Adepará cria grupo de trabalho para prevenir e combater pragas da soja
A Agência de Defesa Agropecuária do Pará, Adepará, criou um grupo de trabalho formado por técnicos especializados. Sua função é identificar, prevenir e combater pragas, por meio de articulação e implementação de ações emergenciais. Para isso será retirado do papel e colocado em campo o Programa Estadual Fitossanitário da Cultura da Soja, cuja ideia principal é trabalhar para evitar prejuízos econômicos, causados por pragas que atacam a cadeia produtiva da soja.
A portaria número 1706/2019, foi publicada na quarta-feira (22), no Diário Oficial do Estado, e leva em conta, dentre outros aspectos, a importância da cultura da soja em território paraense. A chamada sojicultura é bastante expressiva e cresce em várias microrregiões do Pará. Oficialmente o grupo se chama Equipe Estadual de Emergência Fitossanitária da Cultura da Soja, EEFCS. Sua prioridade é combater os focos de ferrugem asiática da soja, de nematoides da soja, de Helicoverpa armigera, de Amaranthus palmeri, além de outras ocorrências similares.
Outro trabalho que o grupo vai desenvolver é o estímulo à participação da população nas ações desenvolvidas pela defesa sanitária vegetal. Os técnicos vão monitorar e mesmo interditar áreas, propriedades ou estabelecimentos, públicos ou particulares, caso identifiquem pragas. Farão ainda o controle dom trânsito de vegetais, máquinas e aparelhos agrícolas que tenham potencial para disseminar pragas. Por outro lado, farão a lavratura de autos e termos, caso sejam descumpridas as medidas fitossanitárias, que constam na Lei Estadual No 7.392/2010.
“O grupo de trabalho foi criado principalmente para a prevenção de pragas que atacam a soja. Mas, em casos extremos, de emergência sanitária, os agrônomos e demais técnicos estarão preparados para entrar em ação e dar uma resposta imediata ao problema. Os profissionais são especializados nos programas de soja tanto em nível estadual quando nacional”, diz Rafael Haber, engenheiro agrônomo, fiscal estadual agropecuário e gerente da aérea de Pragas de Importância Econômica, da Adepará.
Todo o cuidado se explica: a soja é um dos principais produtos exportados pelo Pará, para países como a China, por exemplo.São vários os municípios onde é forte a cadeia produtiva, como a região de Paragominas, municípios de Dom Eliseu, Ulianópolis, Rondon do Pará, e outras cidades como Redenção, Santana do Araguaia, Capitão Poço. Ourém, Tailândia, Goianésia, Santarém e Novo Progresso. “A equipe está pronta para, caso identifique a ferrugem asiática, coibir logo a praga e evitar a proliferação desse fungo”, complementa Nelson Masayuki Futatsumori, diretor de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará.
O que é a ferrugem asiática?
É causada por um fungo cujo nome científico é Phakopsora Pachyrhizi. Começa aparecendo como pontos mais escuros no tecido das folhas. Depois a torna amarelada. Por isso o nome “ferrugem”. Os danos na lavoura podem ser consideráveis e também elevado o custo para a aplicação de agrotóxicos.Para sobreviver, o fungo precisa que a planta esteja viva para completar o seu chamado ciclo vital. Nisso foi criado o Vazio Sanitário, que é quando há a total ausência de plantas vivas de soja. Quem fiscaliza esse Vazio Sanitário é a Adepará.
Adepará – Por Sergio Augusto