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Polícia Civil do Pará prende mais de 80 envolvidos em homicídios no Estado

SAÍDA DE VIATURAS DA DELEGACIA-GERAL. FOTO: LEANDRO SANTANA (ASCOM PCPA)

A Polícia Civil do Pará esteve em atuação, nesta terça-feira (28), na operação Cronos II deflagrada em 21 Estados e no Distrito Federal, ao mesmo tempo, para cumprir mandados judiciais de prisão de envolvidos em homicídios. No Pará, a operação foi realizada em 130 municípios e mobilizou mais de 400 policiais civis e 121 viaturas. Iniciada às 5 horas, a operação resultou em 86 pessoas presas em todo Estado, até o final da tarde. A operação foi coordenada pelas Diretorias Operacionais da Polícia Civil paraense. Foi o maior número de prisões de autores de homicídios, em uma única operação, realizadas pela Polícia Civil no Estado. O número de prisões fez com que a Polícia Civil do Pará ficasse em terceiro lugar no ranking nacional de prisões durante a operação.

O balanço da operação no Pará foi divulgado em entrevista a jornalistas, na sede da Delegacia-Geral, pelo delegado-geral, Alberto Teixeira; delegado Sérvulo Cabral, diretor de Polícia Especializada, e delegado Raphael Cecim, diretor da Polinter.

A operação Cronos II foi coordenada pelo Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC) com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi). O CONCPC reúne os chefes de todas as Polícias Civis dos Estados brasileiros e do Distrito Federal. O nome Operação Cronos II é uma referência à supressão

Ao mesmo tempo, com a prisão dos autores de homicídios, espera-se o impedimento da prática de novos crimes. Todos os presos foram conduzidos para as sedes de Delegacias, de onde foram encaminhados ao Sistema Penitenciário do Estado. Segundo o delegado Raphael Cecim, titular do Serviço de Polícia Interestadual (Polinter), responsável pelo planejamento da operação, os levantamentos de mandados de prisão que resultaram na ação policial foram iniciados no início do mês de maio, quando começou a ser planejada a Cronos II no Pará.

Ao todo, 250 mandados de prisão ainda em aberto foram levantados para a operação. No Estado, foram usados recursos tecnológicos, como um drone, durante a operação, para captação de imagens aéreas e para facilitar o acesso aos alvos pelas equipes policiais.

Entre as prisões realizadas em Belém, está a de Ronaldo Abbate de Carvalho, foragido da Justiça do Estado de Pernambuco, acusado da autoria de um homicídio nesse Estado, em janeiro em 2010. Ele foi localizado em Belém e já está à disposição da Justiça pernambucana.

No interior do Estado, 19 presidiários encarcerados no presídio do Centro de Recuperação Regional de Redenção, sudeste do Pará, tiveram os mandados de prisão cumpridos, durante a operação, como resultado de inquérito policial.

Eles foram identificados como os autores das mortes de três detentos em rebelião ocorrida no último dia 12, na casa penal. O delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, salienta que o homicídio é um dos crimes que mais afetam a população com um todo. “É um crime que precisa ter uma reprimenda veemente e forte pelo poder estatal como vem ocorrendo. Temos convicção de que a repercussão disso será uma diminuição cada vez maior dos índices desse crime em nossa sociedade”, ressalta.

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