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Seminário discute a logística dos portos no Pará

A programação vai de 14h30 até as 20h na Associação Comercial do Pará
Investimento em infraestrutura ampliaria escoamento no porto de Vila do Conde, em Barcarena (Divulgação / Agência Pará)

Apesar de ser atravessado por grandes rios, baías e igarapés, o Estado do Pará, seguindo a lógica pensada para o desenvolvimento nacional, priorizou ao longo de sua história as rodovias para transportar mercadorias e pessoas. Nesta quinta-feira, 21, no auditório do prédio da Associação Comercial do Pará (ACP), na avenida Presidente Vargas, um grupo de especialistas e interessados em infraestrutura hidroviária participará do Seminário Internacional de Logística, de 14h30 às 20h. A programação é promovida pelas câmaras de Logística e de Responsabilidade Socioambiental e Economia circular da ACP, com apoio da Universidade Corporativa da mesma Associação.

O coordenador do evento, Ricardo Medina, que é também gerente de Planejamento de Mercado da Companhia Docas do Pará, explica que o objetivo do seminário é fomentar o desenvolvimento da região amazônica a partir da diferentes áreas econômicas que podem ser estimuladas a partir da melhora da logística hidroviária. “A questão logística pode alavancar a economia do Pará, pois não devemos centrar tudo apenas na riqueza ambiental e biológica. Com a construção de hidrovias e o desenvolvimento do setor portuário estamos falando também de criação de novas tecnologias, de qualificação profissional e de desenvolvimento científico. Queremos que a sociedade paraense desperte e discuta o tema”, anuncia.

Para Medina, os estados do Norte vivem atualmente uma oportunidade importante de construir um corredor hidroviário que cumpra o papel de ampliação do canal do Panamá e leve os produtos do agronegócio, principalmente a soja e o milho de municípios como Paragominas, em direção a países da Ásia e aos Estados Unidos. “Temos vantagem em relação aos estados do sudeste por conta da distância, que torna o nosso frete mais barato. Está na hora de nos tornamos, de fato, a opção mais viável, já que os portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná, estão sobrecarregados. Exportamos hoje cerca de 10 milhões de toneladas de grãos, mas as nossas projeções é que podemos chegar a 45 milhões em cinco anos”, afirma.

A palestra de abertura do evento será ministrada pelo professor chileno Juan Miguel Sanchez Ramos, que discutirá os desafios da logística portuária na América Latina, com o objetivo de trazer as experiências de outros países. Já o professor Hito Braga, da Universidade Federal do Pará (UFPA), referência científica quando o assunto são as hidrovias, falará sobre a importância e as particularidades de garantir mão-de-obra qualificada para a área no Pará.

Também fazem parte da equipe de palestrantes a administradora Renata Quemel Pires, que falará sobre sustentabilidade ambiental nos portos; o coordenador Ricardo Medina, que tratará da modernização da gestão portuária, além do capitão Plínio Brayner e do representante do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará (Sindarpa), comandante Alexandre de Melo Araújo.

Por:Abílio Dantas para O Liberal

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