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Preços da gasolina e diesel devem cair após anúncio da Petrobrás

Estatal divulgou redução de 3% nos combustíveis vendidos nas refinarias a partir desta terça (14)

Akira Onuma/ O Liberal

A gasolina e o diesel devem ficar 3% mais baratos nos postos de combustíveis, após a Petrobras anunciar redução na refinaria, que passa a valer nesta terça-feira (14). Essa queda é resultado da retração no preço do petróleo no mercado internacional desde a semana passada, com o recuo das tensões entre os Estados Unidos e o Irã. Este é o primeiro ajuste desde que as tensões começaram.

Conforme explicou o advogado do Sindicato de Combustíveis do Pará (Sindicombustíveis), Pietro Gasparetto, no entanto, a redução anunciada diz respeito ao preço do combustível puro na refinaria, não ao da bomba nos postos. “O preço divulgado pela Petrobras diz está sem a inclusão dos tributos e do impacto da mistura dos biocombustíveis. Sobre este valor também incidem diversos outros custos, como as margens de lucro das distribuidoras, frete e impostos”, explicou. O sindicato informou que, no Brasil, a gasolina é composta por 27% de etanol, enquanto o diesel tem de 11% a 15% de biodiesel.

O preço final ao consumidor dependerá do valor cobrado pelas distribuidoras, segundo Gasparetto. Isso porque não há obrigatoriedade de que variações de preço do combustível na refinaria se reflitam, na mesma proporção, ao consumidor final. Ele ainda disse que o preço cobrado pelos postos depende do valor cobrado nas distribuidoras, que, muitas vezes, não repassam a íntegra das reduções anunciadas na refinaria.

Se as reduções, de fato, ocorrerem nos postos de combustíveis, o preço menor pode demorar a chegar ao bolso do consumidor, dependendo do tamanho do estoque de produto que existe em cada empresa. “Se os postos compraram o estoque pelo preço antigo, mais alto, é justo que mantenha até que esses itens sejam esgotados, e só depois ofertem a redução nas bombas”, disse.

De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o litro da gasolina encerrou o ano custando R$ 4,66, em média, um reajuste de 2,16% em relação aos preços de novembro, que estavam em uma média de R$ 4,56. Em relação a dezembro de 2018, a alta foi de 3%, já que o litro da gasolina custava R$ 4,53.

O contador Roberto Ferreira, 48, disse

que foi possível notar os aumentos no final do ano passado, embora a gasolina já tenha sido vendida a preços mais altos, e que está aguardando novas quedas de preço. “Acho que esse momento é muito oportuno, porque a redução é significativa e vem no início do ano, quando estamos mais atolados nas dívidas, então ter uma gasolina mais barata pode dar uma folga para o bolso”, opinou o consumidor.

(O Liberal)

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