CS Mulher – Conheça a história de Célia Gadotti – A menina da roça que se tornou juíza
De acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2018 51,7 da população brasileira é do sexo feminino. As mulheres são uma maioria que se difere por gostos, aptidões, culturas e posturas.
Como março é considerado o mês da mulher, o site Célia Santos homenageais a todas com uma série de histórias de vida que têm em comum apenas o nome das personagens reais; Célia.
Começa aqui a série especial CS Mulher, as histórias de todas nós!
Célia Gadotti – A menina da roça que virou juíza
Em uma propriedade rural do interior de São Paulo, a menina Célia cresceu e sempre que possível, acompanhava os pais para ajudá-los na lida do campo, naquela roça em moravam. Ainda ali adquiriu o gosto pela leitura e a paixão pelos livros e cadernos.
Na adolescência, mudaram-se para o estado de Mato Grosso e, ao concluir o ensino médio decidiu que queria ser professora. Decisão tomada, prestou vestibular, graduou-se em Letras, e especializou-se em Filosofia pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) e ao sair da faculdade rapidamente começou a lecionar para turmas do ensino médio nas melhores escolas de Cuiabá.
“Sou apaixonada por sala de aula. Tanto que é por isso que eu gosto de fazer palestras e de transmitir informações, até hoje. Porque eu acho que, uma das coisas que o ser humano faz de bom aqui nessa nossa passagem é transmitir o conhecimento que a gente tem”.
Já casada, com dois filhos pequenos, e 15 anos em sala de aula, resolveu fazer o curso de Direito, um desejo acalentado há algum tempo.
“Eu sabia que não seria fácil. Eu tinha que trabalhar, cuidar de casa, dos filhos, enfim! É a dupla e tripla jornada da mulher, não é?”
Mesmo sem tempo para estudar, fazer cursinhos, conseguiu concluir o curso, passou de primeira na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e começou a advogar e, ao mesmo tempo, dar aulas para turmas de Direito em faculdades de Cuiabá.
O exercício do Direito fez aflorar um outro sonho guardado consigo desde o ingresso no curso; ser juíza. Para isso era necessário a prática jurídica.
“Nunca deixei de sonhar e me imaginar como juíza. Eu sempre conversava com Deus. Eu sempre dizia a Ele: Eu sei que o Senhor conhece a minha realidade. O Senhor sabe que eu não tenho muito tempo para estudar. O Senhor sabe a minha luta. A minha batalha do dia-a-dia. O Senhor vai me ajudar, e eu vou conseguir”.
E assim começou a prestar concursos, mesmo sem tempo para estudar devido à sua rotina de trabalho e família. Fez muitas provas em vários estados, até mesmo para ganhar experiência. Pois só conseguia estudar nos finais de semana em viajava para participar desses concursos.
“Eu sonhava com isso e eu me via juíza. Eu via meu nome e embaixo estava escrito: Juíza. Eu ia ser juíza, só não sabia quando. Eu dizia; Senhor, eu não sei quando, mas eu vou chegar lá! Toda noite eu orava. Eu conversava com Deus e eu acreditava em mim. Eu sempre digo para aqueles que estão fazendo concurso: O conhecimento vocês já têm. Acreditem em vocês. Você tem que acreditar que é capaz!”
Depois de muitos concursos veio a perda do pai, deixando Célia – então técnica do judiciário no TRE do MT- abalada, fazendo-a passar um ano afastada dos estudos sem condições psicológicas para prosseguir.
Surgiu então, o concurso público para a magistratura no Pará e ela se inscreveu. Fez a prova objetiva sem grandes expectativas, mas agarrada a seu desejo e à determinação de ser juíza.
Foi aí que o sonho começou a se tornar realidade. Ela passou na primeira fase, passou na segunda, foi sabatinada por uma hora na prova oral e foi aprovada.
“Agradeço a Deus por ter passado [para ser juíza] aqui. Realmente é uma terra maravilhosa e eu amo isso daqui. Amei Belém, achei uma cidade assim, lindíssima. Eu andava ali, parecia que eu já tinha estado naquele lugar. Todas as comarcas por onde eu passo eu procuro me aproximar das pessoas e mostrar que juiz é uma pessoa acessível. Que é uma pessoa que está ali para cumprir a sua missão de tentar ajudar as pessoas a resolver os seus conflitos. A pacificar, levar a paz e é realmente isso que eu tento fazer”.
Célia Gadotti Bedin passou por algumas comarcas como juíza sempre realizando palestras de conscientização nas escolas da rede pública para professores, pais e alunos.
Sua passagem por Paragominas, onde ficou por alguns meses, deixou nela boas marcas e a vontade de regressar um dia:
Paragominas, é uma das comarcas – de todas onde passei – que é muito bem estruturada. É realmente mais organizada, mais limpa. As pessoas são mais companheiras, solidárias, cooperam mais. Inclusive no fórum, os servidores são mais cooperadores. São mais colaboradores no serviços. São bastante empenhados, realmente. Todas as equipes, de todas as varas são muito boas. Os servidores são empenhados, se dedicam. Tem uma extrema dedicação ao trabalho, em tentar fazer a coisa certa. São eficientes. O fórum é muito bom, a estrutura é muito boa. Na cidade como um todo. As pessoas são mais educadas com relação ao trânsito. As pessoas respeitam mais o pedestre. O transito é um pouco diferenciado das outras cidades também. Além da cidade ser mais organizada. Eu gostei muito da minha experiência em Paragominas, apesar de ter ficado poucos meses, deu pra sentir isso bastante forte: Que é uma cidade diferenciada. E isso é muito bom. Quando eu puder, eu voltarei para Paragominas, um dia!
CS Mulher, as histórias de todas nós! Por Célia Santos – Jornalista – DRT 2988/PA
Gostaria de agradecer a Deus em primeiro lugar o or ter conhecido está excelente profissional a qual tive o imenso privilégio de trabalhar ao seu lado na área de segurança a qual eu pertencia mas especificamente na susipe, Dra. Célia é um símbolo de competência e seriedade na área da justiça e como mulher brasileira , ela representa o que há de melhor dos magistrado de nosso estado, fico emocionado em saber que ela sempre nos ajudou nos momentos que mas precisamos , com uma palavra de vigor e de segurança, muito obrigado Dra. Célia por tudo , do seu amigo e admirador agente Marco Lopes
Parabéns Dr.Celia pela sua caminhada,pela sua luta,pouco tempo juntas a senhora como juiza da vara da execucao criminal da comarca de Tucuruí e eu como presidente do conselho da comunidade nesta comarca passamos caminhar juntos percebi que é uma pessoa humana e sensível aos direito e ,autêntica,vendo agora sua caminhada,acho que por isso que nós damos tão bem, mulher querreira🌹
Minha amiga e princesa Celia Gadotti estou aqui lendo esta noticia e com muita alegria compartilho a sua historia com meus amigos agradeço a Deus por te-la como amiga. Voce merece tudo e muito mais..Mulher inteligente..Guerreira e extraordinária. Parabéns por ser essa pessoa simples autêntica e feliz…
Deus te abençoe tremendamente, a minha alegria e ver o sucesso e a felicidade das pessoas que amo .Beijão