Hospital regional em Paragominas é referência para atendimento de pacientes confirmados para coronavírus, em casos graves
O Hospital Regional Público do Leste, em Paragominas (PA), é um dos 11 hospitais referenciados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) para atendimento aos pacientes confirmados com Coronavírus (Covid-19), e em estado grave da doença, no Pará. O atendimento é garantido via Regulação Estadual.
Desde o início de março, a unidade vem reforçando os cuidados e adotando medidas de enfrentamento da doença para maior segurança do funcionamento da instituição, do bem estar dos colaboradores e demais frequentadores do ambiente da unidade hospitalar.
Segundo o diretor assistencial do HRPL, Clóvis Guse, o hospital vem seguindo todas as orientações da Sespa, mantendo contato para esclarecer os fluxos de atendimento aos possíveis casos de pacientes infectado com o Covid-19. “Nós temos um fluxo para o recebimento desses pacientes, via Regulação Estadual. Desde a portaria, até a alta direção, todos estão bem informados e qualificados para lidar com esse momento que o mundo inteiro vive”, afirma, Guse.
Várias medidas de precaução estão sendo tomadas para o enfrentamento da pandemia, entre elas, a capacitação de 100% dos colaboradores e a redução do tempo e do número de visitantes à pacientes internados. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a visita foi reduzida para meia hora por dia, das 17h30 às 18h; e nas demais enfermarias, em uma hora por dia, das 15h às 16h, ambas limitadas à apenas um visitante por vez.
A direção do hospital reuniu com a equipe médica para alinhar o fluxo de entrada no HRPL, e ficou decidido que as consultas ambulatoriais estão mantidas, conforme agenda. Para a maior segurança e garantia da assistência, haverá o reagendamento no atendimento para evitar aglomerações desnecessárias, principalmente, nos casos de pacientes que estão nos grupos de risco, de modo especial, os idosos e pessoas com sintomáticas respiratórias*.
Segundo o diretor técnico, Dr. Lucídio Paes, a medida é preventiva e segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Nesse momento de isolamento, em que precisamos evitar aglomerações, nós também devemos agir no sentido de priorizar a segurança tanto dos nossos pacientes, quanto dos nossos colaboradores, e uma maneira de fazermos isso, é reduzindo o fluxo de usuários”, explica.
Nessa primeira fase do plano de contingência, a ideia é atender somente pacientes menos suscetíveis a contrair ou transmitir o vírus. O plano de contingência é por prazo determinado e será atualizado de acordo com o estágio da pandemia e orientações da Sespa.
Atendimento – As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são o primeiro lugar que se deve procurar caso tenha algum sintoma do novo coronavírus. Devem evitar a procura por emergências (como hospitais, prontos-socorros e UPAs), deixando-as livres apenas para os casos mais graves, ou para aquelas pessoas pertencentes aos grupos de risco, que são os idosos a partir de 60 anos e os portadores de doenças crônicas graves e imunodeprimidos, como pacientes que passam por quimioterapia, hipertensos e outras doenças do coração e diabéticos.
Os casos suspeitos têm sido mantidos em isolamento domiciliar, que é uma conduta prevista pelo Ministério da Saúde e que pode ser indicada pelo médico, a depender da condição clínica do paciente. Consiste basicamente em manter a restrição de contatos com pessoas e ambientes externos, para evitar a circulação do vírus. Já pacientes que tenham seu quadro agravado, o médico avaliará se há necessidade de internação hospitalar ou não.
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz). O procedimento deve ser realizado para todos os casos suspeitos que atendam os critérios determinados pelo Ministério da Saúde.
Pessoas com sintomas de gripe, mas que estejam bem – não tenham outras patologias que tragam risco para uma evolução grave da doença – devem ficar em casa
(HRPL)
Atualizado às 12:19 de 21 de março de 2020