Pecuarista começa a soltar a boiada e frigorífico se alivia
Confira por que o ponto de equilíbrio do mercado do boi gordo sugere uma arroba acima de R$ 200 em São Paulo
O mercado do boi gordo registrou boa liquidez neste primeiro dia da semana, segundo relata a Informa Economics Consultoria. “Após um período de bastante incerteza e especulação, o mercado físico do boi parece ter encontrado um ponto de equilíbrio”, avalia a consultoria paulista.
Mais satisfeito com os preços da arroba, o pecuarista parece estar mais disposto a fechar negócio, avalia a FNP. Por sua vez, os frigoríficos continuam mantendo uma posição mais agressiva nos balcões de negócios, pois necessitam preencher as suas escalas de abate, que ainda estão curtas pela baixa oferta de boiada registrada nas últimas semanas.
Diante desse cenário, os preços do boi gordo subiram nesta segunda-feira em algumas importantes regiões pecuárias, como em algumas praças do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Tocantins, de acordo com levantamento da FNP. Em São Paulo, se manteve firme, a R$ 204/@, a prazo.
No mercado atacadista, no fim de semana, houve diminuição nas vendas de cortes bovinos, pois muitos consumidores já haviam se abastecido para a reclusão social na última semana, observa a consultoria.
O período de final de mês (quando o poder aquisitivo da população é menor) também contribuiu para a menor liquidez de negócios, ressalta. “No entanto, espera-se para os próximos dias um aumento na demanda por carnes com a entrada de massa salarial do mês seguinte”, prevê a FNP.
No front externo, a retomada das atividades na China, principal destino da carne bovina brasileira, indica um possível aumento nas exportações de cortes bovinos. Ainda em relação ao mercado externo, a FNP destaca o embarque de animais vivos feito no último sábado pelo Rio Grande do Sul.
Foram exportadas 21 mil cabeças de gado em pé para abate Halal, comum em países predominantemente muçulmanos. Segundo a FNP, a quantidade de animais vivos exportada foi recorde para o Estado e superior aos volumes que vinham sido registrados no País.
Confira as cotações:
SP-Noroeste: R$ 204/@ a (prazo)
MS-Dourados: R$ 187/@ (à vista)
MS-C. Grande: R$ 189/@ (prazo)
MS-Três Lagoas: R$ 189/@ (prazo)
MT-Cáceres: R$ 187/@ (prazo)
MT-Tangará: R$ 185/@ (prazo)
MT-B. Garças: R$ 182/@ (prazo)
MT-Cuiabá: R$ 177/@ (à vista)
MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)
GO-Goiânia: R$ 185/@ (prazo)
GO-Sul: R$ 187/@ (prazo)
PR-Maringá: R$ 192/@ (à vista)
MG-Triângulo: R$ 182/@ (prazo)
MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)
BA-F. Santana: R$ 182/@ (à vista)
RS-P.Alegre: R$ 192/@ (à vista)
RS-Fronteira: R$ 189/@ (à vista)
PA-Marabá: R$ 187/@ (prazo)
PA-Redenção: R$ 185/@ (à vista)
PA-Paragominas: R$ 187/@ (prazo)
TO-Araguaína: R$ 182/@ (prazo)
TO-Gurupi: R$ 177/@ (à vista)
RO-Cacoal: R$ 170/@ (à vista)
RJ-Campos: R$ 187/@ (prazo)
MA-Açailândia: R$ 174/@ (à vista)
(DBO)