Agronegócio – Carne entulhada na câmara fria põe pressão na arroba
Agora é a indústria que compra “da mão para a boca”, dificultando a vida do pecuarista
Nesta quinta-feira, os preços da boiada gorda voltaram a registrar desvalorização em muitas praças pecuárias do Brasil, relata a Informa Economics FNP.
“O baixo consumo de carnes no mercado doméstico, em função das restrições de circulação e funcionamento de diversos serviços por causa da COVID-19, mantém as câmaras frigoríficas cheias e, com o excedente de oferta, as indústrias optam por adequar a produção à demanda, operando com escalas curtas”, destaca a consultoria.
A Scot Consultaria aponta os mesmos fatores para o atual viés de baixa da arroba.
“A demanda tem dado sinais de arrefecimento, decorrentes do pico de compras realizadas no período ‘’pré-quarentena’’, avalia a consultoria, acrescentando que os frigoríficos mantêm como estratégia a compra compassada de boiadas, levando para o gancho apenas o necessário.
Preços regionais
Nas praças do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, diante das incertezas quanto ao escoamento de carne bovina no mercado interno, as plantas frigoríficas operam com escalas reduzidas, oferecendo valores mais baixos na compra do gado para abate, informa a FNP.
Nas regiões de Campo Grande e Três Lagoas, no MS, o valor do boi gordo recuou R$ 2/@ nesta quinta-feira, para R$ 185/@, a prazo, em ambas as praças. Em Dourados, MS, atingiu R$ R$ 183/@, à vista, com baixa diária de R$ 4/@.
Em Cuiabá, no MT, o boi gordo sofreu retração de R$ 3/@, ficando a R$ 176/@, à vista. Na praça de Cáceres, também caiu R$ 3/@, para R$ 182/@, a prazo, de acordo com a FNP.
Em Goiás, os pecuaristas se demonstraram mais dispostos a vender a boiada gorda, e a melhora da oferta contribuiu para os ajustes negativos nos preços. Na praça de Goiânia, o animal terminado fechou a quinta-feira valendo R$ 190/@, a prazo, com queda diária de R$ 2/@.
Em São Paulo, o valor da arroba se manteve estável nesta quinta-feira, a R$ 204, a prazo.
No Tocantins, as indústrias conseguiram preencher as escalas para a próxima semana e se afastaram das compras. Lotes menores foram efetivados a preços mais baixos, segundo a FNP.
Na Bahia, o baixo volume de negócios em função das incertezas na demanda por cortes bovinos contribuiu para uma redução dos valores da boiada gorda.
Confira as cotações desta quinta-feira, 2/4:
SP-Noroeste: R$ 204/@ a (prazo)
MS-Dourados: R$ 183/@ (à vista)
MS-C. Grande: R$ 185/@ (prazo)
MS-Três Lagoas: R$ 185/@ (prazo)
MT-Cáceres: R$ 182/@ (prazo)
MT-Tangará: R$ 179/@ (prazo)
MT-B. Garças: R$ 182/@ (prazo)
MT-Cuiabá: R$ 176/@ (à vista)
MT-Colíder: R$ 172/@ (à vista)
GO-Goiânia: R$ 190/@ (prazo)
GO-Sul: R$ 184/@ (prazo)
PR-Maringá: R$ 182/@ (à vista)
MG-Triângulo: R$ 192/@ (prazo)
MG-B.H.: R$ 187/@ (prazo)
BA-F. Santana: R$ 180/@ (à vista)
RS-P.Alegre: R$ 192/@ (à vista)
RS-Fronteira: R$ 189/@ (à vista)
PA-Marabá: R$ 187/@ (prazo)
PA-Redenção: R$ 185/@ (à vista)
PA-Paragominas: R$ 189/@ (prazo)
TO-Araguaína: R$ 184/@ (prazo)
TO-Gurupi: R$ 179/@ (à vista)
RO-Cacoal: R$ 169/@ (à vista)
RJ-Campos: R$ 187/@ (prazo)
MA-Açailândia: R$ 176/@ (à vista)
(DBO)