PC prende seis pessoas suspeitas de envolvimento em fraudes no pagamento do IPVA
Prisões foram realizadas em Marabá, no Pará. Outros mandados também foram cumpridos no estado do Paraná.
Na manhã desta quarta-feira (7), mais de 20 policiais civis do Pará deram apoio no cumprimento de mandado de prisão a seis pessoas investigadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), que investiga a prática de fraude em pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no estado do Paraná. Os seis alvos foram presos na cidade de Marabá.
No total, foram cumpridos 31 mandados judiciais. Os policiais civis cumpriram de forma simultânea, 16 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, a maioria em cidades paranaenses, entre elas Curitiba, Foz do Iguaçu, Paranavaí e Umuarama.
As diligências apuraram que agenciadores cooptavam proprietários de veículos de luxo, oferecendo quitação de débito do imposto com percentuais de descontos que variavam de 30 a 50%. O pagamento do débito era realizado através de invasão de contas bancárias.
DILIGÊNCIAS
Durante as investigações, que duraram aproximadamente oito meses, a Polícia Civil do Paraná descobriu que diversos angariadores estariam atuando no sul do país, associados a criminosos do Pará, para onde a maior parte do dinheiro arrecado era encaminhado.
Os agentes de segurança apuraram também o envolvimento de despachantes. Mesmo sem indícios de que ofereciam o benefício aos seus clientes, eles se valiam dos serviços prestados de pagamento do IPVA para utilizar a fraude. Ou seja, na medida que os valores eram repassados pelos proprietários dos veículos, o ganho dos despachantes era integral.
Foram analisados 27 IPVA’s, quitados por duas contas distintas, sendo uma do Rio Grande do Norte e outra da Bahia, nos anos de 2017 e 2019, totalizando R$ 87,9 mil. Ou seja, os criminosos recebiam entre 50% a 70% do valor total do imposto, já que não tinham custo algum para quitação do débito.
Para dar ainda mais credibilidade a prática criminosa, os indivíduos cobravam dos proprietários o valor referente a quitação do débito somente após baixa no sistema, comprovando o pagamento. A Polícia Civil informa que as investigações continuam.
(Agência Pará)