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Adepará reforça ações de vigilância contra a febre aftosa

O trabalho objetiva a prevenção contra a doença, responsável por graves consequências sociais e econômicas e, por isso, combatida no mundo
O trabalho de vigilância epidemiológica faz parte da rotina da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) – Foto: Ascom / Adepara

Atividades preconizadas pelo Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), como a vigilância em propriedade rural de maior risco para a doença com inspeção de patas e boca dos bovinos e a vigilância a partir da notificação de suspeita de doença vesicular, foram realizadas nas cidades de Santa Luzia do Pará e Paragominas, nas regiões nordeste e sudeste do Pará, respectivamente, ao longo das últimas semanas. Nos dois municípios, a ocorrência de febre aftosa foi descartada após avaliação clínica e epidemiológica.

Os exames clínicos nos bovinos foram realizados pelos médicos veterinários Nivaldo Gomes e Arlinéa Mota, acompanhada pelo auxiliar de campo, Derivaldo Barbosa. O trabalho de vigilância epidemiológica faz parte da rotina da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e integra o planejamento para o cumprimento de metas do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (GPEEFA).

Em Santa Luzia, o médico veterinário e fiscal estadual agropecuário, Nivaldo Gomes, realizou vigilâncias epidemiológica em oito propriedades rurais do município, onde não foram encontradas lesões suspeitas de doença vesicular nos animais examinados.

Em Paragominas, a fiscal agropecuária Arlinea e o auxiliar Derivaldo realizaram atendimento à notificação suspeita de doença vesicular por conta de feridas entre as unhas de alguns animais, o que fazia com que mancassem. A entrevista com os produtores responsáveis pelos animais e o exame clínico realizado descartou a possibilidade de doença vesicular.

“Segundo os produtores, não houve entrada ou saída de animais nos últimos 24 meses, os animais são vacinados regularmente contra a febre aftosa, não possuem histórico de inadimplência e a região é bastante pedregosa. Após entrevista foi realizada a inspeção dos animais. Foram inspecionadas tetas, boca e língua e não foram encontradas nenhuma vesícula ou sugestão de alguma ferida. Os animais não tiveram febre, se alimentavam normalmente e não houve queda na produção leiteira. Essas informações, somadas ao fato de viverem em uma região pedregosa, confirmou o que já havia sido atestado no exame clínico e fechamos o diagnóstico por traumatismo devido às pedras pontiagudas encontradas na propriedade”, detalhou a médica veterinária.

Aftosa
A febre aftosa é uma doença viral grave e altamente contagiosa, podendo ocorrer em bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros animais de casco fendido (bipartido). Não afeta cavalos, cachorros, gatos ou seres humanos.

Os sinais mais conhecidos da doença incluem vesículas, semelhantes a bolhas, que estouram num curto espaço de tempo e causam erosões na boca ou nos pés, resultando em salivação excessiva e em alguns casos claudicação, que é quando os animais têm dificuldade para andar e começam a mancar.

A febre aftosa provoca grandes perdas na produção de leite e carne, além de outros transtornos para os criadores, como impedir a comercialização de animais e seus produtos e subprodutos

Por ser uma doença com potencial para se alastrar rapidamente em amplos territórios, ocasionando graves consequências sociais e econômicas, a febre aftosa é uma das enfermidades de animais mais combatidas no mundo.

Vigilância
O trabalho de vigilância tem o objetivo de prevenir a febre aftosa ou detectá-la precocemente o que possibilita uma resposta rápida em casos de foco da doença. Além disso, as ações de vigilância são uma forma de demonstrar a ausência de circulação do vírus da febre aftosa. Em maio de 2018 o Pará recebeu o reconhecimento internacional de área 100% livre da febre aftosa, durante a programação da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França.

O Plano Estratégico do Programa Nacional de Febre Aftosa objetiva criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de aftosa e ampliar as zonas de status livre da doença sem vacinação.

Para realizar a transição dos status sanitários, foram considerados critérios técnicos e estratégicos. A união dos esforços públicos e privados, a infraestrutura dos serviços veterinários e os fundamentos técnicos são a base para a conquista.

A retirada da vacinação representará uma economia de R$ 60 milhões para os produtores e também contribuirá de forma positiva para a cadeia produtiva do Estado. O Pará livre da febre aftosa sem vacinação vai garantir a abertura de mercados em todo o mundo.

(ADEPARÁ)

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