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Boi gordo: Negócios no mercado registram baixa liquidez e cotações estáveis

A exceção ficou para São Paulo; segundo dados apurados pela Scot Consultoria, houve um leve recuo de R$ 1 no preço da arroba em SP nesta segunda-feira, 19

Nesta segunda-feira, 19 de abril, os preços do boi gordo ficaram estáveis na maioria absoluta das praças brasileiras, registrando baixa liquidez nos negócios – movimento típico de início de semana.

A exceção ficou para São Paulo, onde, segundo dados apurados pela Scot Consultoria, houve um leve recuo de R$ 1 no preço da arroba nesta segunda-feira, 19 de abril, em relação ao valor da última sexta-feira.

Essa queda, justifica a Scot, é reflexo do aumento sutil na oferta de animais terminados durante a semana passada, o que possibilitou um alongamento das escalas de abate dos frigoríficos, agora girando em 6 dias, em média.

Nas praças paulistas, o boi gordo direcionado ao mercado interno foi negociado em R$ 316/@, preço bruto e a prazo, informa a Scot.

As cotações da vaca e novilha gordas mantiveram-se estáveis, em R$ 291/@ e R$ 306/@, respectivamente, nas mesmas condições de pagamento. Para animais destinados ao mercado externo, os negócios podem chegar em R$ 325/@, a prazo.

Cautela habitual – Como de praxe, o movimento de hoje no mercado do boi gordo foi marcado pela posição de cautela das indústrias, que costumam utilizar o primeiro dia da semana para avaliar melhor os estoques e as operações de vendas de carne bovina no último final de semana, para depois definir algumas estratégias de aquisição de boiadas ao longo dos próximos dias.

Segundo avaliação da consultoria IHS Markit, embora ainda haja grande preocupação dos frigoríficos em relação ao estreitamento de suas margens operacionais, o clima é de maior otimismo por parte das indústrias, devido ao relaxamento das medidas de isolamento social (contra a propagação de Covid-19), o que pode despertar uma reação na demanda doméstica de carne bovina, especialmente por meio dos serviços de alimentação fora do lar.

“Finalmente, o cenário presente no mercado do boi gordo dá sinais de melhora, gerando expectativa positiva entre os agentes de mercado, em função da maior circulação de pessoas”, ressalta a IHS.

Incertezas dentro da porteira – Atualmente, os pecuaristas buscam definir as suas estratégias comerciais conforme a capacidade para arcar com os custos inéditos de reposição e de nutrição, destaca a IHS.

“Os confinamentos que aproveitam da integração lavoura-pecuária conseguem manter os animais no campo, esperando um melhor momento para a venda a partir do segundo semestre do ano”, relata a consultoria.

Porém, observa a IHS, muitos produtores que não possuem lavouras próprias estão sendo obrigados a vender antecipadamente os seus animais erados (e não terminados). Esses mesmos pecuaristas também optaram em reduzir a sua capacidade de confinamento para o final do ano.

“Há muitas preocupações em relação ao comportamento do milho de segunda safra, que não vislumbra cenário climático muito favorável, justamente em um momento marcado pela disparada nos preços do grão para patamares recordes”, observa a IHS.

Embarques seguem firmes – As exportações de carne bovina seguem firmes, embora, ao longo da última semana, o real tenha apresentado valorização frente ao dólar, saindo de R$ 5,73 para R$ 5,56 – o que reduz um pouco a competividade da proteína brasileira no mercado internacional.

“A resolução das questões relacionadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve influenciar bastante o comportamento da moeda nacional nos próximos dias, assim como a crescente crença do mercado financeiro para um aumento de 0,75% (em vez de avanço de 0,5%) na taxa Selic”, relata a IHS.

Reajustes no atacado da carne – O mercado atacadista brasileiro abriu o primeiro dia da semana com reajustes positivos nos preços dos principais cortes bovinos – registrou-se altas nos valores da ponta de agulha e no corte de dianteiro, segundo apurou a IHS Markit.

Nos próximos dias, espera-se uma maior procura por reposição nos estoques de carne bovina, prevê a IHS.

“As operações no mercado de foodservices voltaram a ser liberadas (embora ainda com certas restrições nos principais centros urbanos do País), movimento que pode impulsionar a demanda por matéria-prima”, avalia a IHS.

Cotações desta segunda-feira (19/4), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 301/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 307/@ (à vista)
vaca a R$ 292/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 309/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 296/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 291/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

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