Campanha incentiva coleta de DNA para ajudar a localizar pessoas desaparecidas
Iniciativa será promovida entre os dias 14 e 18 de junho em todo o país
Governo Federal promove uma campanha para incentivar a coleta de material biológico de familiares de pessoas desaparecidas, será entre os dias 14 e 18 deste mês em todos os estados e no Distrito Federal. Com a iniciativa, a ideia é atualizar os dados de pessoas não localizadas e trazer respostas a essas famílias, como explicou o coordenador da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Guilherme Jacques.
“A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas tem como objetivo chamar todas essas pessoas que estão procurando um ente querido que está desaparecido, não importa há quanto tempo, para que procurem os postos de coleta e forneçam o seu DNA. Esse DNA vai ser cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos e vai ser mais uma ferramenta que nós vamos utilizar para tentar localizar essa pessoa desaparecida”, ressaltou.
A ação é uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com as secretarias estaduais de Segurança Pública. Segundo o ministério, cerca de 80 mil pessoas desaparecem todos os anos e o exame de DNA é uma ferramenta bastante conhecida para a identificação de pessoas. É utilizada, por exemplo, em testes de paternidade e na solução de crimes.
Recomendação
Para maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública é que, preferencialmente, os familiares de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos, se apresentem para a coleta. O DNA do desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, como escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, entre outros.
“Depois que o familiar tiver doado seu DNA, esse DNA vai para um laboratório onde ele vai ser analisado e será obtido o perfil genético que será inserido, então, no Banco Nacional de Perfis Genéticos. É nesse banco que ele será confrontado com outras amostras que têm lá, seja de restos mortais não identificados ou de pessoas de identidades desconhecidas”, acrescentou o coordenador.
Todo o material colhido será utilizado exclusivamente para a identificação e localização de pessoas desaparecidas ou não identificadas.
Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, atualmente, constam cerca de 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas e não localizadas. Somente nos últimos dois anos, foram incluídos 22 mil boletins no sistema.
Um outro dado, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, aponta que os estados com maior número de registro de ocorrências de desaparecimento são Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Onde ir
Para fornecer os dados e o DNA, parentes de pessoas desaparecidas deverão procurar o local indicado por cada uma das secretarias de Segurança Pública, nas 27 Unidades da Federação. O local de coleta de cada estado está disponível no site do Ministério da Justiça e Segurança Pública. É necessário, no ato da coleta, assinar um Termo de Consentimento. A coleta é voluntária.
(Ministério da Justiça)