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Procurador que atirou no cunhado e acertou na mãe tem prisão preventiva decretada

O servidor federal Henrique Celso Gonçalves Marini, preso na noite de sábado (24/7) após atirar contra o cunhado e acertar a própria mãe, e que estava com 10 armas de fogo e centenas de munições em uma casa na QI 28 do Lago Sul, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão é da juíza substituta Viviane Kazmierczak. Henrique é procurador jurídico da Infraero, e atualmente está cedido para o Ministério da Justiça.

Divulgação/ PMDF

O suspeito foi detido depois que a Polícia Militar foi acionada para conter um episódio de violência doméstica. A corporação informou que teria havido uma briga entre cunhados. O filho da proprietária da casa disparou e acertou, acidentalmente, o braço da própria mãe. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Na decisão desta segunda, a juíza afirmou que, com os relatos do próprio preso e a análise dos elementos no processo, há fundamentação concreta para a manutenção da prisão do suspeito. A magistrada mencionou que o auto da prisão em flagrante narrou uma situação de extrema gravidade, envolvendo violência doméstica.

“Há notícia de várias armas no local (nove), além de mil munições apreendidas, cárcere privado e vítima efetivamente atingida por um disparo de arma de fogo, além das agressões físicas cometidas contra as outras vítimas mulheres. Nesse sentido, a conversão da prisão em flagrante em preventiva é medida imperiosa a fim de acautelar a segurança da vítima, bem como garantir a ordem pública”, narra a decisão.

O acusado teria bebido durante todo o dia, agredindo a própria esposa e irmã. O cunhado de Henrique acabou agredindo-o ao tentar intervir, mas a briga foi separada por um amigo da família. O servidor federal então pegou um revólver .38 e atirou pelo menos três vezes no amigo, acreditando ser o cunhado. Um dos disparos atingiu o braço da mãe. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

Após o incidente, o filho teria se trancado em um quarto. Os militares negociaram com o homem até ele se entregar. Ele foi detido por disparo de arma de fogo. Todos os envolvidos e as armas apreendidas foram levados para a 1ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Na varredura da casa, os policiais militares apreenderam nove armas de fogo, duas facas e cerca de mil munições de diversos calibres.

O Metrópoles procurou o advogado do réu, Karlos Eduardo de Souza Mares, que afirmou que a defesa já está preparando o habeas corpus.

“É primário, possuidor de bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita, assim como as medidas cautelares menos gravosas diversas da prisão, tais como recolhimento em domicílio, distanciamento da vítima e testemunhas, são medidas legais que quando adotadas podem trazer uma efetividade até maior”, pontua o advogado.

“A manutenção dele preso é como uma forma de antecipação de pena, fato que ainda vamos demonstrar que a situação se deu em forma de legítima defesa.”

(Metrópoles)

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