Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla tem programação por todo o Pará
Evento busca conscientizar a sociedade sobre a importância de práticas inclusivas e combate ao preconceito a partir deste sábado (21)
As 34 unidades paraenses das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), coordenadas pela Federação das Apaes do Estado do Pará (Feapaes-PA), promovem, nos próximos dias 21 a 28 de agosto, programações alusivas à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. O evento, que é anual, tem como objetivo conscientizar a sociedade para a importância de práticas inclusivas, do combate ao preconceito e da necessidade de políticas públicas voltadas para esse segmento.
De acordo com a presidente da Feapaes-PA, Nedy Pedroso, a escolha do tema foi feita com base na necessidade de se distribuir conhecimento sobre as condições sociais das Pessoas com Deficiência intelectual e múltipla, como meio de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade de condições com as demais pessoas.
“Esse tema aponta para o fato de que hoje o Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das Pessoas com Deficiência. No entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é acessível a todos. Em um país com dimensões territoriais de continente, as desigualdades das condições de vida são evidentes, bem como a marginalização social de determinados grupos, que por sua condição de vulnerabilidade, necessitam de apoios especializados para superação das barreiras que impedem o exercício pleno da sua cidadania”, destaca ela.
Em Belém, a programação incluirá lives, palestras, ações educativas e apresentações culturais. O presidente da Apae Belém, Emanoel O’ de Almeida Filho, pontua que o evento foi pensado em transmitir informação sobre os direitos das Pessoas com Deficiência da forma mais acessível possível, conforme vem sendo desenvolvido ao longo do ano nas redes sociais da unidade, através da campanha “Acesso à Justiça”. “Este ano, nos propomos a provocar o debate nacional levando às Pessoas com Deficiência intelectual e múltipla conhecimento sobre os seus direitos, a partir de conteúdos acessíveis sobre transporte, moradia, acesso à educação, saúde e assistência social, pensando em como assegurar que esses direitos se efetivem na vida diária”, completa.
Cerca de 45,6 milhões de brasileiros têm alguma deficiência, sendo 2,6 milhões deficiência intelectual ou múltipla, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A deficiência intelectual se caracteriza por um desenvolvimento intelectual inferior à média, associado a limitações adaptativas e dificuldades na realização de atividades consideradas comuns para as outras pessoas. Já a deficiência múltipla está associada ao conjunto de duas ou mais deficiências, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social.
O período de 21 a 28 de agosto é celebrado anualmente, desde 1963, como a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e foi instituído pela Lei Nº 13.585/2017. Nacionalmente, as Apaes promovem programações de divulgação dos trabalhos desenvolvidos pela instituição ao longo de todo o ano, como instrumento de defesa, garantia de direitos e mobilização social.
Além de Belém, as Apaes de Altamira, Itaituba, Novo Progresso, Santarém, Ananindeua, Marituba, Breves, Castanhal, Santa Izabel do Pará, São Domingos do Capim, Capanema, Bragança, Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Redenção, Santana do Araguaia, Ourilândia do Norte, Tucumã, São Félix do Xingu, Canaã dos Carajás, Eldorado dos Carajás, Itupiranga, Marabá, Parauapebas, Paragominas, Rondon do Pará, São Geraldo do Araguaia, Tucuruí, Jacundá, Abaetuba, Barcarena, Igarapé-Miri, Moju e Tomé-Açu também comemoram a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla no Pará.
A programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla na capital paraense é uma realização do Instituto de Diagnóstico, Pesquisa e Ensino (Idipe) da Apae Belém.
Rede Pará – Por Fernando Assunção