Outubro Rosa: HRPL realiza cirurgias e cerca de 240 consultas mensais com especialistas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 2 milhões de mulheres são diagnosticadas com câncer de mama por ano. O câncer de colo de útero é a quarta causa de morte entre as mulheres no Brasil, e o de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum e a mais difícil de ser diagnosticada. Já o câncer de endométrio é o tumor ginecológico mais comum e acomete mulheres, principalmente, na pós-menopausa (75%) e com idade média de 60 anos.
O Hospital Regional Público do Leste, em Paragominas (PA), contribui com o Outubro Rosa garantindo às usuárias de 23 municípios paraenses, procedimentos cirúrgicos para alguns tipos específicos de câncer, e entre o que atingem a população feminina, estão o de colo do útero, de mama e ovário. Elas contam também com atendimento ambulatorial na especialidade médica de mastologia.
Além desses cânceres, outros tipos são tratados na Unidade por meio das cirurgias, que são o câncer do aparelho digestivo (estomago, intestino grosso, reto, pâncreas, esôfago); de câncer ginecológico (colo de útero, endométrio, ovário), de mastologia (mama) além de tumores retroperitoneias e de pele.
Atualmente, o HRPL dispõe do ambulatório de cirurgia oncológica com atendimento às quartas-feiras, com 60 consultas mensais disponíveis. Já o atendimento ambulatorial de mastologia funciona às quintas-feiras, com 234 consultas disponíveis por mês. Com relação ao número de cirurgias oncológicas, de modo geral, 20 são realizadas por mês na Unidade.
“Já realizamos mais de 5000 consultas em mastologia no HRPL nos últimos 6 anos, e mais de 150 mulheres em operadas de câncer de mama desde 2018; infelizmente a pandemia atrapalhou consideravelmente o número de cirurgias oncológicas que vinham em alta na instituição, e hoje estamos começando a retomar as metas de consultas e procedimentos cirúrgicos com a diminuição de casos de Covid-19”, informou o mastologista Breno Albuquerque.
Sobre o as causas do câncer de mama, o médico citou as principais. “A nuliparidade (mulheres sem filhos), não amamentação, idade avançada no paridade do primeiro filho, menopausa tardia, obesidade, tabagismo, sedentarismo, álcool em excesso, genético (mutações genéticas), mamas densas na pós me-nopausa, uso desorientado de terapia de reposição hormonal, são as principais causa da incidência de câncer de mama, e a faixa etária mais atingida pela doença, fica entre 60 e 69 anos, sendo que, em torno de 25% acometem mulheres abaixo dos 50 anos”, informa o mastologista.
Prevenção – Quanto à prevenção, o mastologista destacou a necessidade da realização do exame de imagem mamografia e o autoexame, mas as orientações vão além disso. O mastologista ressaltou também sobre a importância das atividades físicas e de consultas com o médico especialista, no caso, o mastologista.
“A Mamografia anual após os 40 anos, assim como o autoexame, são importantes, mas, caso sejam encontradas alterações como nódulos, fluxos pelos mamilos, feridas ou vermelhidões, deve-se procurar um médico clínico geral na Unidade Básica de Saúde ou mastologista. Além disso, é aconselhável a realização de atividade física, e em casos de câncer principalmente de mama ou ovário em parentes de primeiro grau na família, o mastologista deve ser procurado, a partir dos 25 anos. Não poderia deixar de fazer mais uma orientação: não fume”, aconselhou Breno Albuquerque.
Tratamento – Ainda de acordo com o médico, o tratamento do câncer de mama é multimodal, com cirurgia, terapias de bloqueio hormonal, quimioterapia e radioterapia. “Existem alguns subtipos de câncer de mama e na dependência do tamanho e do subtipo do tumor pode ser mais benéfico iniciar o tratamento pela quimioterapia e depois seguido de cirurgia. A maioria das mulheres passaram por essas três modalidades, tumores diagnosticados muito pequenos geralmente não necessitam de quimioterapia complementar, e apresentam taxa de cura maior que 90%.
Programação Outubro Rosa
Na manhã da quarta-feira (20), houve palestra sobre saúde da mulher, com ênfase no autoexame das mamas. Mas as atividades do “Outubro Rosa” foram iniciadas no HRPL no dia 13 com roda de conversa com o mastologista Breno Albuquerque, onde foi abordado o câncer de mama. Já no dia 19, cerca de 30 colaboradoras participaram de ação de coleta do exame PCCU nos períodos da manhã e tarde.
Entre as colaboradoras beneficiadas com a oferta do exame de PCU, estava a auxiliar de Serviços Gerais, Francisca Elane, que agradeceu a oportunidade de realizar o procedimento no próprio ambiente de trabalho. “Confesso que não tenho o hábito de fazer o preventivo anualmente como é orientado. Realizar o exame no HRPL serviu como incentivo. Achei a ação muito importante, pois foca na saúde das colaboradoras do Hospital e possibilita maior acesso ao exame. Aqui me sinto mais a vontade”.
Caso haja algum resultado que confirme a doença, as profissionais serão encaminhadas para consulta com ginecologista. Além das atividades relacionadas ao câncer de mama, outras foram agregadas à programação, com temas sobre a violência à mulher; cuidados com a alimentação; consciência corporal; exercício de alongamento, entre outras.
Entre as usuárias atendidas pela equipe multiprofissional do HRPL, que esteve na unidade para retorno de consulta de neurologia e que foi beneficiada com as ações de educação em saúde de prevenção ao câncer de mama, está a doméstica Nilde dos Santos, de 54 anos, proveniente do município de Rondon do Pará, distante 200 km de Paragominas.
“Acho muito importante essas palestras sobre o câncer de mama para atualizar as nossas informações sobre o assunto, e para saber sobre riscos da doença e prevenção dela, além da possibilidade de nos informar para nos cuidarmos melhor. Essa ação contribuiu muito. Todos os hospitais deveriam fazer essas ações, mesmo os pequenos”, ressaltou a usuária.
Por Governo do Pará (SECOM)