Semas reúne com setor produtivo para alinhamento da plataforma Selo Verde
Nesta quinta-feira (13), a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), junto com a equipe técnica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se reuniu com representantes de empresas e do setor produtivo com o objetivo de discutir – de forma detalhada – o aprimoramento da plataforma de SeloVerde de modo a fomentar a regularização ambiental e reinserção produtiva dos fornecedores diretos e indiretos do Pará.
“É muito interessante e principalmente a parte mais importante que eu acho é o diálogo entre a secretaria e o setor produtivo, englobando todo mundo, desde o produtor rural até as indústrias e o varejo. Então, o trabalho nosso aqui é o de certificar uma produção, no caso nosso aqui é o produto carne. Então, isso traz para o produto paraense uma qualidade e uma certificação de que é bem trabalhado, respeitando toda a parte social, ambiental. Então isso é o que a gente está trabalhando, o que o Estado tem feito e quer mostrar através do Selo Verde, não só legalizar, mas agregar valor ao produto nosso, ao produto paraense. E eu tenho certeza de que se a gente trabalhar cada dia melhor, nós vamos fazer da carne paraense uma das melhores carnes do planeta, não só no sentido socioambiental, mas também na parte da qualidade, de um produto de boa qualidade”, ressaltou Mauro Lúcio Costa, pecuarista de Paragominas.
O Governo do Estado do Pará e o Centro de Inteligência Territorial (CIT)/UFMG, através de Acordo de Cooperação Técnica, desenvolveram a Plataforma SeloVerde. A plataforma disponibiliza dados da produção agropecuária e adequação ambiental por propriedades rurais com registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR). A Plataforma permite incorporar informações sobre uso da terra por diversos órgãos estaduais do Pará em um banco de dados integrado com o objetivo de se combater o desmatamento ilegal, promover a regularização fundiária e prover de um modo transparente a rastreabilidade da produção agropecuária.
“É uma plataforma que ajuda os legalizados e colabora com o comando e controle do estado do Pará. Estamos oferecendo governança com transparência e responsabilidade ambiental, além disso buscamos apoio nessa ciência de dados que resulta positivamente para quem vende e para quem compra. O Pará é pioneiro com esta ferramenta, e nós já apresentamos para a China e União Europeia”, reforça o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
O Secretário Adjunto de Recursos Hídricos e Bioeconomia da Semas, Raul Protázio, ressalta que é um momento importante de integração com o setor produtivo. “A ideia é que os produtores rurais passem a fazer parte do processo de construção dessa ferramenta de transparência, que é o Selo Verde. Então, estamos iniciando esse processo de aproximação com os produtores rurais do estado para dialogar e engajar o setor, para que a gente construa uma ferramenta que garanta acesso ao mercado ao produtor rural e que permita um controle e transparência das informações ambientais da propriedade”, destaca.
Articulação liderada pela Semas teve a participação da The Nature Consarvancy (TNC), JBS, Frigoi, Minerva, Centro de Inteligência Territorial (CIT) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aliança Paraense pela Carne (APC) e Agência de Defesa Agropecuária (Adepará).
Francisco Victer, coordenador da Aliança Paraense pela Carne, ressaltou a importância do encontro na direção de garantir o processo de regularização ambiental, redução do desmatamento, queimadas, garantir a estabilidade de atividades produtivas, agricultura, entre outras atividades que também dependem da estabilidade ambiental do Pará. “De modo que nós estamos aqui juntos discutindo caminhos para que a gente possa incluir todos num processo de melhoria, de crescimento, de promoção, para que ao final o Pará possa fazer valer o seu potencial produtivo que este potencial produtivo possa alcançar a todos os paraenses com emprego, com, renda, o estado com geração de riqueza, com impostos que ajudem e contribuem na prestação de serviços públicos e fundamentalmente ajudar os paraenses na melhoria de sua qualidade de vida, através de sua grandeza como estado e também para que ele possa produzir e que o mundo possa consumir e que a gente possa cada vez mais atrair benefícios, atrair dinheiro, atrair negócios, para a economia paraense com impacto direto na melhoria de qualidade de vida dos paraenses”, pontuou.