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EUA: Brasileiro acusado de abusar do filho é inocentado e receberá indenização por difamação

Um brasileiro foi inocentado pela Justiça dos Estados Unidos após a sua ex-esposa tê-lo acusado de abusar sexualmente do próprio filho. O Tribunal Superior de Middlesex, em Massachusetts, também condenou os jornais The Brazilian Times e Negócio Fechado a pagarem uma indenização de US$ 540 mil (R$2,7 milhões) por difamação. As informações são do UOL.

O brasileiro, que não teve a identidade divulgada, de 46 anos, é natural da cidade de Pilar de Goiás (GO) e mudou-se para os Estados Unidos em 2000.

Na cidade de Woburn, em Massachusetts, ele abriu uma empresa de pintura e também atuou como pastor assistente voluntário em uma igreja.

Em 2008, ele conheceu a ex-esposa durante um culto. “Quando a gente começou a namorar, no primeiro dia, o dia em que eu a beijei pela primeira vez, ela já falou em casamento”, disse o empresário em entrevista ao UOL.

Pouco tempo depois, eles se casaram e tiveram um filho.

Depois de diversas brigas, o casal se divorciou em 2013. No entanto, as divergências continuaram, mas, dessa vez, era sobre a escola em que o menino iria estudar, o tratamento dentário e os períodos de visita do pai.

A situação entre os dois se agravou durante o divórcio litigioso (partilha de bens).

Segundo o advogado Edward Prisby, que representa o empresário, “toda vez que ele ganhava uma decisão num tribunal a respeito do divórcio, ela (ex-esposa) fazia acusações falsas”.

Ao todo, o empresário passou 94 dias na cadeia, entre idas e vindas.

Em junho de 2018, o filho do casal informou às professoras que era abusado sexualmente pelo próprio pai.

Na sequência, uma notícia-crime foi registrada no Departamento de Crianças e Famílias (DCF), espécie de Conselho Tutelar dos EUA.

No entanto, em julho do mesmo ano, o DCF arquivou o caso por falta de provas.

Em dezembro de 2018, o garoto relatou para a conselheira do colégio em que estudava que a mãe o ameaçou de morte caso ele não acusasse o pai de abuso sexual.

Em janeiro de 2019, o juiz Thomas Barbar, do Tribunal de Famílias de Middlesex, em Massachusetts, afirmou que a ex-esposa realizou “uma campanha de acusações falsas contra o ex-marido para desacreditá-lo e para romper o relacionamento do pai com o filho”.

Em julho de 2019, a mulher assinou documentos nos quais desistia da guarda do menino e passava toda a custódia para o pai.

Indenização

Outra batalha judicial que o empresário venceu foi contra dois jornais brasileiros que circulam em Boston.

Segundo ele, os periódicos The Brazilian Times e Negócio Fechado publicaram o caso sem ouvi-lo ou dar espaço para isso.

Por causa disso, a juíza Maureen Mulligan determinou que os dois jornais paguem uma indenização, publiquem uma retração e apaguem as notícias antigas divulgadas sobre o caso.

O dono do jornal The Brazilian Times, Edirson Paiva, afirmou que irá recorrer da sentença, pois “a imprensa precisa continuar livre”.

O UOL entrou em contato com o proprietário do Negócio Fechado, Walter Medeiros, mas ele se recusou a comentar o caso.

(Isto É – Uol)

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