Ideflor-Bio faz visita de campo em Ulianópolis, Paragominas e São Miguel do Guamá
O trabalho objetiva monitorar os viveiros de áreas com Sistemas Agroflorestais, os SAF’s, a fim de contribuir com o desenvolvimento das culturas
Agricultores familiares dos municípios de Ulianópolis, Paragominas e São Miguel do Guamá, recebem visita técnica de campo realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará – Ideflor-Bio, por meio da equipe técnica da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF). A ação iniciou na segunda-feira (4), e se estende até sexta-feira (8).
O trabalho objetiva monitorar os viveiros de áreas já implantadas com Sistemas Agroflorestais, monitoramento dos SAF’s em execução objetivando avaliar o desenvolvimento das culturas, necessárias, analisar e preparar o plantio das culturas perenes ainda não introduzidas no arranjo, cadastramento e atualização cadastral dos agricultores, além da realização do georreferenciamento, a fim de obter as coordenadas geográficas para confecção do croqui da propriedade. Ao todo cinquenta e quatro agricultores familiares serão atendidos.
No município de Ulianópolis, a ação ocorreu em duas comunidades, na Boa Esperança e Vila Sapucaia, na primeira foram atendidos dez agricultores e na segunda vinte. Na comunidade Sapucaia, técnicos do instituto realizaram o cadastramento dos agricultores, que posteriormente serão contemplados com a implantação de um viveiro de mudas, a ser construído pelo Ideflor-Bio em parceria com os comunitários. Ainda na comunidade, foram repassadas orientações aos agricultores quanto ao processo de implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’s), com culturas como a banana, mandioca, açaí, cacau entre outras espécies que corroboram para a efetivação do (SAF) comercial.
Em Paragominas dez agricultores da comunidade Nazaré, foram beneficiados com a vista de campo, já no município de São Miguel do Guamá, a ação acontencerá na sexta-feira (8), e objetiva atender quatorze agricultores da comunidade Urucuriteua.
“O Ideflor-Bio fomenta a implantação de Sistemas Agroflorestais – SAF’s como alternativa sustentável para a recomposição florestal no estado, disponibilizando estruturas de viveiros e insumos para produção de mudas florestais e frutíferas, realização de capacitação em técnicas de produção de mudas e implantação de sistemas agroflorestais, apoio ao preparo de área mecanizado além de acompanhamento técnico regular junto aos agricultores familiares atendidos, contribuindo com a diminuição de passivos ambientais, geração de renda e segurança alimentar das famílias”, destacou a presidente Karla Bengtson.
A engenheira agrônoma do Instituto, Tatiana Assis, reforça que a ação de campo visa estreitar a relação governo e agricultor, além de tecnificar e aprimorar a produção, fortalecendo o agronegócio Paraense. “Através destas visitas técnicas de monitoramento dos SAFs e/ou naquelas que ainda são de levantamento para implantação desta ferramenta adotada pelo instituto, como meio de promover, executar e sobretudo, garantir o cumprimento da missão da autarquia com excelência, gerando assim, benefícios pujantes ao meio ambiente e ao homem do campo”, disse a engenheira
Quanto a atividade de georeferenciamento, Tatiana Assis, destaca que a ação tem como objetivo buscar a obtenção das coordenadas geográficas, possibilitando a exata localização de um terreno em relação ao globo terrestre. Tatiana disse ainda, que as instituições que realizam o controle, o combate e a fiscalização, acerca do desmatamento, das queimadas e da degradação ambiental, utilizam o método como parâmetro para seus dados, dessa forma, a localização via satélite é um indicativo que obrigatoriamente precisa ser incontestável.
“Afinal é a ferramenta que as entidades lançam mão conter toda e qualquer prática nociva que resulte na degradação do meio ambiente, nas alterações do clima e solo, na escassez dos recursos naturais, entre outros”, disse a Tatiana Assis.
Segundo o agricultor Arlane Lima, do Projeto de Assentamento – PA, Floresta Gurupi, no município de Ulianópolis, o Sistema Agroflorestal-SAF, chega em um momento muito oportuno, considerando que a sociedade enquanto consumidor está com olhar atento em relação aos novos modelos produtivos, com ênfase na sustentabilidade, preservação da floresta em pé e recomposição florestal aliada a produção de alimentos. “Aqui na região tivemos diversos ciclos econômicos, entre eles o ciclo da estaca, do carvão, do gado e da soja, todos pautados em retirar tudo que a natureza tinha para nos oferecer, hoje a terra está exaurida, o que nos leva a repensar e fazer uma correção, apostando no Projeto de Sistema Agroflorestal (PROSAF), uma forma de nos conectarmos com a natureza por meio da implantação do PROSAF”, disse o agricultor.
Segundo o coordenador da ação, engenheiro ambiental, Gabriel Silva, durante a visita de campo, foram realizadas ações de monitoramentos de áreas, com a participação dos agricultores direto no campo, na ocasião, foram repassadas também técnicas de produção e mudas, manejo de viveiros florestais, proteção do solo, entre outras. Quanto à implantação dos sistemas agroflorestais, Gabriel Silva destacou que os SAFs são implantados em propriedades rurais em que os agricultores, de acordo com sua necessidade, plantam culturas anuais e frutíferas, que possibilitem a segurança alimentar e a geração de renda para a sua família, assim como essências florestais nativas da região amazônica, que auxiliam na recuperação de áreas alteradas. “Os SAF’s são propostos para mudar a forma de uso da terra, substituindo a cultura da derruba e queima da mata, dessa forma o Ideflor-Bio, por intermédio da DDF, utiliza dessa metodologia para melhorar as condições da biodiversidade do estado, quanto de educar e evidenciar ao pequeno produtor da relevância que o mesmo tem para manutenção da floresta do estado, como também da qualidade do alimento que vai a mesa, não só da sua família, mas também dos consumidores paraenses como um todo”, enfatizou Gabriel Silva.
O diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), Vicente Neto, destacou que as visitas técnicas com monitoramento em propriedades de agricultores familiares fazem parte do calendário de ações estratégicas da (DDF). “Elaboramos um cronograma de atendimento anual de acordo com o calendário agrícola, nosso principal objetivo é dar suporte para o agricultor em relação ao preparo de área, definições das espécies no arranjo de SAF´s, correção do solo, plantio, adubação da lavoura, trato silviculturais, fitossanitários e colheita com objetivo de buscar sempre o melhor resultado, no sentido de proporcionar ao agricultor uma atividade produtiva e econômica importante, ao mesmo tempo que contribui para a restauração de áreas alteradas através dos sistemas agroflorestais (SAF´s), mitigando o passivo ambiental, como indicadores e metas desta diretoria (DDF)”.