Curso de ecologia leva estudantes paraenses para a Noruega
Intercâmbio promove interação entre estudantes de mestrado e doutorado do Brasil e da Noruega com visitas em campo nos dois países
Após dois anos de pandemia, a pesquisa científica aos poucos vai retomando seus trabalhos de campo e atividades práticas. Um bom exemplo disso é a retomada do Curso de Campo em Ecologia Tropical e Biodiversidade realizado pelo Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC), formado pela empresa Hydro, a Universidade de Oslo, da Noruega, e seus parceiros brasileiros, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade Federal do Pará e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
Estabelecido em 2018, o curso é ministrado por cientistas brasileiros e noruegueses com competência no ensino de diversos temas. Em 2022, 19 alunos, sendo oito noruegueses e 11 brasileiros, já participaram da primeira etapa e agora estão de malas prontas rumo à Noruega.
“Durante 15 dias, ficamos na Floresta Nacional de Caxiuanã, no município de Melgaço, no Pará, desenvolvendo principalmente práticas para conservação da biodiversidade da Amazônia. Observamos quais os animais que vivem na região, como são influenciados pelo regime dos rios, disponibilidade de água e temperatura. A ideia é que os alunos entendam como funciona a floresta amazônica e como esse ambiente pode ser protegido”, conta Rafael Assis, coordenador do curso e secretário executivo do BRC.
A mestranda em Ecologia e Conservação na UFPA, Ingrid Campos, visitou Caxiuanã pela primeira vez: “Foi uma experiência incrível! Algo que gostei muito foi que, em Caxiuanã, pudemos ampliar nosso conhecimento sobre diferentes grupos biológicos, além da troca de experiência com os estudantes noruegueses, que foi engrandecedora.”
Já para Manuela Santos, aluna de Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução no Museu Paraense Emílio Goeldi (PPGBE, MPEG), a novidade será a ida para a Noruega. “A proposta desse intercâmbio é nos mostrar mais detalhes sobre uma técnica de análises com material molecular e estou ansiosa para aprender mais sobre. Além disso, vamos trabalhar na escrita de artigos científicos e espero aperfeiçoar meu domínio no inglês e continuar a troca de conhecimento com colegas e professores”, comenta.
O curso também inclui visitas às instalações da Hydro no Brasil. Nesta edição, eles visitaram a Mineração Paragominas. “A ideia é visualizar a Amazônia após a atuação humana e mostrar as áreas já recuperadas e reflorestadas pela empresa”, explica Rafael Assis. O objetivo principal do projeto é formar futuros especialistas em biodiversidade, ecologia e restauração florestal na Amazônia com conhecimento e senso crítico relevantes para futuras carreiras na academia, governo, ONGs e setor privado.
(Ascom Hydro)
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