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Guilherme de Pádua teria morrido neste domingo, afirma pastor da Igreja Batista

A informação foi confirmada por Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha neste domingo (6)
Guilherme de Pádua confessou ter matado Daniella Perez em 1992 Reprodução/Facebook

O ex-ator e pastor batista, Guilherme de Pádua, teria morrido na noite de domingo (6), aos 53 anos, vítima de um infarto, em Belo Horizonte (MG). A informação foi revelada em uma live feita pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, onde Pádua atua, nesta noite.

“Eu atrasei um pouco, não costumo atrasar. Agora, perto das dez, recebi o telefonema de uma irmã falando que um dos nossos pastores acabou de falecer. Aquilo foi para mim um impacto muito grande, porque hoje, às dez horas da manhã, eu estava dirigindo o culto e ele estava ali no primeiro banco. Ele e a esposa, os dois ali ao lado, tão bonitos e servindo ao Senhor, durante o louvor, cantando… Ele praticou aquele crime tão terrível na Daniella Perez, foi preso, cumpriu a pena todinha, mas se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Mas agora, quando eu estava lá embaixo, me preparando para fazer a live, chegou a notícia. Ele, dentro de casa, agora, caiu e morreu. Morreu agorinha!”, afirmou Márcio.

Poucos minutos depois de divulgar a morte na live, o religioso a tirou do ar, quando diversos sites, perfis e veículos de comunicação já haviam repercutido a notícia. Cerca de vinte minutos depois, ele desarquivou a postagem. A Quem tentou contato com o pastor, a Igreja Batista da Lagoinha e a mulher de Guilherme, Juliana de Assis Lacerda, sem sucesso.

Nascido em Belo Horizonte, Guilherme de Pádua mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1980. A mudança se deu com o objetivo de tentar uma carreira no meio artístico. Há cinco anos, o ex-ator se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em sua cidade natal.

Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, sua mulher na época do assassinato, foram condenados por homicídio qualificado, com pena de 19 anos e 6 meses de prisão, pela morte de Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez. O caso ocorreu em 1992 e a atriz foi morta com 19 facadas, entre pescoço, coração e pulmões, sendo atirada posteriormente em um matagal. Após seis anos preso, Guilherme deixou a cadeia e se tornou pastor evangélico.

Ele se casou novamente com a maquiadora Juliana Lacerda — que recentemente publicou uma série de vídeos no Instagram alegando que o marido não matou Daniella Perez. O ex-ator se formou em Teologia em 2016 e também tinha um canal no YouTube, em que pregava a conversão de ex-criminosos.

O CRIME

Daniella Perez — filha da escritora Glória Perez — tinha 22 anos quando foi assassinada por Guilherme de Pádua, com quem contracenava na novela De Corpo e Alma, assinada por sua mãe. O crime aconteceu na noite do dia 28 de dezembro de 1992, depois de um dia de gravações na Tycoon, um dos estúdios associados da Globo no Rio de Janeiro.

A atriz foi sequestrada pelo então colega de elenco e sua mulher, Paula Thomaz, e levada para um matagal na Barra da Tijuca, onde foi atingida por 19 golpes de tesoura. Guilherme de Pádua foi preso na manhã do dia seguinte e se declarou culpado, mas alegando uma história bem diferente da qual ele foi condenado.

O então ator chegou a dar entrevistas para vários veículos de imprensa alegando que Daniella Perez o assediava, e que temia que suas sucessivas rejeições à colega de trabalho pudessem afetar sua carreira — uma vez que sua mãe era a autora da novela em que os dois participavam. Ele então foi, a pedido de Daniella, ao local onde ela foi morta, e afirmou que ela o atacou primeiro e ele agiu em legítima defesa.

Após várias intercorrências, como um habeas corpus concedido a Guilherme de Pádua, ele e a mulher aguardaram julgamento na cadeia durante cinco anos, e foram considerados culpados por homicídio duplamente qualificado no caso de Daniella — motivo torpe e incapacidade de defesa da vítima.

PACTO BRUTAL

O crime está documentado na série Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, que foi dirigida por Guto Barra e Tatiana Issa, amiga pessoal de Raul Gazolla, viúvo da atriz. Na produção, Glória Perez fala pela primeira vez sobre o crime: “Eu sempre quis contar essa história, que a verdade do processo aparecesse, que ela fosse contada da forma como aconteceu e não que ela permanecesse como uma novela barata, que é como ela ficou na memória das pessoas”, diz a autora nas cenas de abertura da série.

Além dela, Fábio Assunção — que fazia par romântico com Daniella Perez na novela De Corpo e Alma —, Cláudia Raia, Eri Johnson, Maurício Mattar, Alexandre Frota e as jornalistas Elba Boechat e Gloria Maria dão depoimentos sobre o crime. “Tinha que se criar uma história de ficção para se vender cada vez mais”, relembra Gloria Maria.

Na série, Glória Perez dá acesso a documentos e autos do processo até então inéditos ao público. Segundo a autora, na época, muita gente confundiu ficção com realidade, e via no assassinato a história de Yasmin e Bira — os respectivos personagens de Daniella e Guilherme na novela — não um caso real de assassinato.

(Revista Quem)

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