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Drones estreiam como mapeadores de florestas do Pará

Tecnologia aplicada pela brCarbon também será levada para outros estados ainda neste ano

O projeto Cauaxi, na região de Paragominas, no interior do Pará, será o palco para a estreia oficial do uso de drones com sensor remoto LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging) no mapeamento em três dimensões das florestas. A iniciativa é da climate tech brCarbon, que já utilizava o equipamento em uma etapa de testes, e agora incorporou a tecnologia aos trabalhos de rotina. Ainda neste ano, o mesmo drone fará o mapeamento de florestas em outros projetos da empresa.

Startupi

O principal objetivo do uso do drone na área é proporcionar maior acurácia para mensuração, reporte e verificação dos estoques de carbono florestal, além de também ganhar maior credibilidade e transparência no processo. Com o sistema drone + LIDAR, é realizado o georreferenciamento, a medição de altura das árvores, as estimativas de carbono acima do solo e a identificação e quantificação de clareiras.

“A mensuração dos estoques de carbono com sensoriamento remoto de altíssima acurácia coloca a brCarbon em uma nova fase. O próximo desafio será aplicar o uso desses sistemas em todos os projetos, incluindo os de conservação e restauração florestal, bem como gerar modelos para estimativas de biodiversidade arbórea, além dos modelos de predição dos estoques de carbono”, afirma Danilo Almeida, diretor REDD+ da brCarbon.

Vantagens na utilização dos drones

O uso do LIDAR aerotransportado já é amplamente utilizado na Europa, nos Estados Unidos e em algumas iniciativas no Brasil para diversas aplicações florestais, como mapeamento de clareiras, quantificação de danos devido a incêndios florestais, estudos e pesquisas ecológicas. Agora, o mapeamento com os drones também está inovando o trabalho de conservação das florestas brasileiras.

Por exemplo, com as imagens de altíssima resolução, obtidas com drone, é possível identificar algumas espécies da Amazônia brasileira, por exemplo, castanheiras e palmeiras. É possível também mapear e localizar espécies para as etapas que antecedem o Manejo Florestal Sustentável.

“Possuímos um extenso volume de dados dos levantamentos realizados para estimativa dos reservatórios de carbono das nossas florestas. Isto nos dá um caminho interessante no quesito inovação e desenvolvimento em pesquisa, algo que agrega ainda mais valor aos créditos de carbono gerados pelos nossos projetos. Nesse sentido, a tecnologia LiDAR, que além de trazer alta precisão nas estimativas dos estoques de carbono, fornece celeridade e maior confiabilidade nas etapas de verificação dos projetos”, acrescenta Silvio Gomes, Analista em Mensuração Florestal da brCarbon.

(Startupi)

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