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Como escolher a correta representação para o processo de imigração?

Um visto não deve ser tratado como um produto de prateleira, afinal cada pessoa possui um histórico de vida diferente

Mudar de país é o sonho de muitos brasileiros, mas é preciso tomar cuidado para não deixar a pressa e a ansiedade dominarem os ânimos, o que pode comprometer um planejamento perfeito. A vontade de iniciar uma nova história, em um lugar totalmente novo, é imensa. Mas por onde começar?

Aqui, deixo um alerta: é preciso cuidado para que o desespero em mudar logo não cause problemas. Alguns profissionais podem tentar empurrar uma possível solução, ou simplesmente tentar encantar o cliente com alguma facilidade que não existe. Um visto não deve ser tratado como um produto de prateleira, afinal cada pessoa possui um histórico de vida diferente e por isso é necessário um bom planejamento e conhecer bem esse nicho.

Por isso, o primeiro passo é conversar com um advogado de imigração. Esse profissional tem que mostrar conhecimento técnico e experiência e mais do que isso, precisa existir afinidade e segurança. Além disso, é importante entender o procedimento do processo, os detalhes de cada uma das fases. Faça perguntas, questione todas as etapas sempre que sentir necessidade.

A forma que será conduzido o processo pode variar.  Se é casado, a estratégia é uma; se é solteiro, é outra; ou, ainda, se a pessoa tem filhos. Aliás, o advogado precisa saber que esses filhos vão te exigir uma certa demanda. Não adianta a pessoa colocar no business plan que você vai trabalhar 14 horas por dia se você é pai solteiro.

O advogado (não é assessor, consultor, colega de trabalho, administrador de grupo de whats app….) tem que mostrar conhecimento técnico e experiência para fazer uma correta representação. 

Há diversos casos em que algumas consultorias induzem o cliente ao erro quando se referem ao EB2-NIW como sendo uma única coisa.  É preciso separar as nomenclaturas, porque o EB2 tem uma finalidade e NIW outra, inclusive com regulamentações diferentes. Outro ponto importante que envolve essa modalidade é que não se trata de visto, como aqueles que são estampados no passaporte. Trata-se apenas de mais um meio que leva a conquistar o Green Card.

Ao escolher um advogado de imigração, também é preciso ter certeza de que esse profissional entende as limitações e possibilidades de quem quer imigrar e consegue descrevê-las bem no processo. Quem ler, vai precisar conhecer o candidato através das palavras de quem vai representá-lo.

Finalmente, é preciso pensar em planejamento financeiro. Começo perguntando onde a pessoa quer morar, para então conseguir estimar quanto ela vai precisar. Pensando em um padrão de vida médio nos EUA, diria que são necessários uns US$ 5 mil dólares para uma família de até quatro pessoas. Se conseguir se planejar para ter pelo menos seis ou sete meses de contas pagas, já é um cenário mínimo razoável.

O ideal seria ter dinheiro para uns 12 meses o que permitirá estruturar a empresa, o business, arrumar um emprego, ou seja, cumprir o que foi colocado no business plan. É preciso entender que ninguém chega em outro país e já no dia seguinte terá uma empresa com faturamento suficiente para pagar funcionário, aluguel, impostos e, ainda, sobrar dinheiro para sobreviver.

Por Daniel Toledo, advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional.

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