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Como se proteger dos golpes mais perigosos da Black Friday

A Black Friday se tornou uma das principais datas para o varejo brasileiro. Em 2024, a sexta-feira que promete ter as melhores ofertas do ano está programada para acontecer no dia 29 de novembro

A Black Friday se tornou uma das principais datas para o varejo brasileiro. Em 2024, a sexta-feira que promete ter as melhores ofertas do ano está programada para acontecer no dia 29 de novembro, mas deve começar na quinta-feira (28) e só acabar no domingo (01/12).

O evento, importado dos Estados Unidos, é marcado por grandes ofertas em diversos setores do comércio. Ele é realizado, oficialmente, na última sexta-feira de novembro.

Com toda a sua popularidade, a data se consolidou como um terreno fértil para golpes no Brasil. Segundo estudo da Branddi, empresa especialista em soluções de proteção para marcas, apenas nas semanas que antecedem o mês de descontos e promoções, o Brasil já registrava mais de mil sites fraudulentos com termos relacionados ao evento.

Em 2023, o “Mapa da Fraude – Black Friday 2023”, realizado pela ClearSale, mostrou que, no período, ocorreram pelo menos 400 ações criminosas por hora, totalizando mais de R$ 10 milhões somados em tentativas de vendas fraudulentas.

Já em comparação com 2024, o número de páginas fake à ativa, de acordo com a Branddi, é três vezes maior que o monitorado no mesmo período em 2023. Entre os segmentos mais impactados, conforme mostra o levantamento, estão o de moda e vestuário (30,2%), e-commerce e marketplaces (25,1%) e, ainda, o de suplementos (14,3%).

Nesta edição, levando em conta os quatro principais dias de oferta, — de quinta a domingo —, a consultoria Neotrust Confi projeta um crescimento de 9,1% no faturamento do varejo online. Por isso, Álan Dias, chief risk e compliance officer da CloudWalk, fintech global de pagamentos, alerta sobre as práticas fraudulentas mais comuns e lista abaixo dicas para ajudar empresários e consumidores a se protegerem.
Quais são os principais golpes?

1- Falsas centrais de atendimento

Os golpistas costumam se passar por centrais de atendimento de empresas confiáveis, como bancos, operadoras de telefonia ou lojas, para roubar dados pessoais e financeiros. Eles tentam induzir você a fornecer informações sensíveis, como senhas e números de cartão de crédito.

2- Atente-se a mensagens suspeitas

As mensagens de texto (SMS) e aplicativos de mensagens como o WhatsApp podem ser utilizados para roubar informações ou pedir transferências bancárias. Esses chats podem parecer vir de empresas confiáveis, como bancos, pedindo para clicar em links ou realizar ações urgentes.

3- Conexão de internet

Alguns locais públicos, como shoppings, aeroportos, cafeterias e hotéis, frequentemente oferecem Wi-Fi gratuito. No entanto, esses pontos de conexão podem ser alvos fáceis para os criminosos, já que conectar-se a redes Wi-Fi públicas sem cuidados pode expor suas informações financeiras.

4- Aplicativos falsos

Durante a Black Friday, os golpistas criam aplicativos falsos que imitam lojas famosas para roubar seus dados. Por isso, fique atento aos sinais como, erros de português no app, poucos downloads, avaliações e preços irreais.

5- Verifique a autenticidade da loja

Com a data de promoções, alguns sites falsos usam domínios parecidos com os reais, mas com pequenas alterações, como letras trocadas ou finais incomuns (.xyz, .top, .cc, .co). Os endereços confiáveis geralmente têm informações claras sobre como entrar em contato com a loja (telefone, e-mail, endereço físico). Por isso, desconfie de estabelecimentos que fornecem informações vagas.

Em alguns casos são replicados os elementos gráficos das páginas oficiais, que se unem a vídeos gerados pela Inteligência Artificial com a imagem de influenciadores e embaixadores reais da marca (são as chamadas “deepfakes”, técnica que possibilita criar materiais supostamente autênticos com base no rosto e a voz de terceiros).
Como se proteger dos fraudes?

Na maioria das vezes, os criminosos criam um senso de urgência. Logo, se a chamada parecer apressada ou pressionar você a agir rapidamente, desconfie e desligue. Além disso, esse golpe pode vir acompanhado de um link pedindo para “atualizar seus dados”, “confirmar informações” ou “receber um prêmio”, não clique. Esse link pode direcionar você para sites falsos que infectam seu dispositivo com vírus.

Outra dica é que se a mensagem se passar por um banco ou loja, entre em contato diretamente com a empresa através do número de telefone oficial. Para se proteger, alguns aplicativos de mensagens e celulares possuem filtros automáticos que detectam mensagens de spam ou possíveis golpes.

Ao se conectar a uma rede Wi-Fi pública, certifique-se de que é a rede legítima do local e evite acessar contas bancárias, fazer compras online ou inserir senhas importantes enquanto estiver conectado. Fique atento, pois se o nome do Wi-Fi mudar inesperadamente, não se conecte. Para assegurar a proteção desative a função de “conexão automática” no seu celular ou computador, isso evita que seu dispositivo se alinhe a redes maliciosas sem o seu conhecimento.

Também faça uma pesquisa online sobre a loja online de interesse. Procure por avaliações de outros clientes em sites como Reclame Aqui e avaliações no Google. Isso pode ajudar a verificar a confiabilidade do vendedor.
Pagamentos

Em outro levantamento da Branddi, que analisou sites clones relacionados a 600 companhias reconhecidas pelos brasileiros entre junho e agosto de 2024, ao menos um golpe online ativo já atingia 82% das marcas monitoradas, normalmente divulgando produtos e serviços falsos ao público.

Ao comprar em um e-commerce, evite usar seu cartão principal, em vez disso, opte por um cartão virtual, que pode ser facilmente removido após a compra, reduzindo as chances de acesso não autorizado. As carteiras digitais certificadas como Google Pay e Apple Pay também oferecem uma camada extra de segurança, pois não compartilham seus dados financeiros diretamente com a loja.

Os cartões de crédito são preferíveis aos de débito, já que oferecem maior proteção contra fraudes e facilidade no estorno. Se optar por Pix, utilize apenas em sites oficiais e de confiança comprovada.

Além disso, mantenha as notificações do seu cartão ativas e monitore seus extratos regularmente, guardando todos os comprovantes de pagamento. A autenticação em duas etapas e limites de transação nos seus cartões são boas estratégias para evitar fraudes.

(Forbes Money)

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