Rio Grande do Sul não inclui em calamidade cidade de prefeito que gravou Pimenta

O governo do Rio Grande do Sul não incluiu o município de Farroupilha na lista das cidades que estão em estado de calamidade pública. O prefeito da cidade, Fabiano Feltrin, do PP, se tornou nacionalmente conhecido após gravar e publicar nas redes uma conversa telefônica com Paulo Pimenta, ministro da Secom, que ligou para ele na semana passada com o objetivo de esclarecer uma postagem em que Feltrin reclamava que os recursos do governo federal não estavam chegando às prefeituras para auxiliar no socorro aos desabrigados.

Pimenta telefonara a pedido de Lula. No telefonema, de maneira raivosa, Feltrin não respondia a Pimenta sobre a suposta solicitação feita por municípios gaúchos e não atendida, e tentava puxar briga. Pimenta manteve a calma, também gravou a ligação e insistiu na oferta de ajuda e na tentativa de esclarecimento.

A lista feita pelo governo do Rio Grande do Sul sobre os municípios que estão em estado de calamidade foi divulgada nesta segunda-feira (13/5). Foram 46 municípios que tiveram o estado de calamidade reconhecido. O estado considerou que outras 320 encontram-se em estado de emergência, também preocupante, mas mais brando do que o primeiro. Farroupilha também não está nesta segunda categoria.

Após a publicação do vídeo, Paulo Pimenta acusou Feltrin de fazer o vídeo para “tentar lacrar na internet”. O ministro divulgou a íntegra da conversa que teve com o prefeito de Farroupilha e disse que ele “estava tentando criar um factoide”. Sem apresentar provas, Feltrin acusou o governo federal de “descaso” com a cidade.

“Eu liguei para saber como a gente podia ajudar Farroupilha e encontrei uma pessoa me ofendendo, falando de uma forma descontrolada e tentando criar um factóide em cima de uma mentira. Os R$ 300 mil que Farroupilha vai receber, que foram solicitados pela prefeitura depois do vídeo do prefeito, são simplesmente uma ajuda emergencial para comprar água, comida, material de limpeza, higiene, para não faltar nada agora”, disse Pimenta.

(Metrópoles)

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