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Bento XVI admite presença em reunião sobre padre pedófilo na Alemanha

Papa emérito foi acusado de encobrir abusos sexuais na igreja
Joseph Aloisius Ratzinger foi papa da Igreja Católica e bispo de Roma de 2005 a 2013 | Reprodução/Vatican News

O papa emérito Bento XVI admitiu, nesta 2ª feira (24.jan), que participou de uma reunião em 1980 para discutir a situação do padre Peter Hullermann, acusado de abusar sexualmente de dezenas de menores de idade na Alemanha. Na época, Bento era arcebispo de Munique e aceitou que Hullermann, cujos crimes já eram de conhecimento da igreja, atuasse no local.

A declaração, feita por meio de seu secretário pessoal, o arcebispo Georg Ganswein, foi publicada dias após a divulgação de um relatório independente que acusou Bento XVI de acobertar casos de pedofilia na Igreja Católica durante os anos de 1977-1982. A nova informação vai contra o depoimento dado anteriormente para os investigadores alemães.

“Ele gostaria de enfatizar que isso não foi feito por má-fé, mas foi resultado de um erro na edição de sua declaração”, afirmou Ganswein. “Ele sente muito e pede desculpas.”

O caso envolve o padre Hullermann, que, entre 1973 e 1996, teria abusado de pelo menos 23 meninos com idades entre 8 e 16 anos enquanto ocupava diferentes posições na igreja. Na última 5ª feira (20.jan), o advogado Martin Pusch, que apresentou o relatório, disse que Bento XVI não tomou atitudes contra o abuso em quatro casos e que parecia não haver interesse demonstrado pelas partes lesadas.

“Acreditamos que ele pode ser acusado de má conduta em quatro casos. Dois deles são relacionados a abusos cometidos durante sua gestão e punidos pelo Estado e, em ambos, os perpetradores seguiram ativos no cuidado pastoral”, disse Pusch. Segundo ele, as acusações se referem ao período em que Bento XVI foi arcebispo de Munique e Freising, entre 1977 e 1982.

(SBT News)

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