Hospital Regional em Paragominas adota a dançaterapia com pacientes internados
O dia 29 de abril foi Instituído pelo Comitê Internacional de Dança, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como o Dia Internacional da Dança. Para celebrar a data, o Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, no sudeste paraense, usou a dançaterapia para envolver os usuários internados na clínica médica e na clínica cirúrgica em um clima de descontração e alegria.
Na atividade, realizada em conjunto com a equipe multiprofissional do HRPL, os movimentos foram baseados nas atividades motoras realizadas no dia a dia, com a inclusão de elementos da psicologia.
Em 2017, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu a biodança e a dança circular na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). De acordo com Inara Priscylla Rodrigues, psicóloga do HRPL, a biodança utiliza a música e a dança para estimular a consciência corporal, a expressão emocional e a sociabilidade para recriar emoções e vivências prazerosas.
“A atividade é de extrema relevância no que tange aos aspectos da utilização da dança como recurso terapêutico. Considero uma excelente ferramenta para os pacientes. Durante as buscas ativas em todos os setores de minha atuação no HRPL, observei que ouvir música e/ou dançar, em específico os gêneros paraenses, são os principais elementos que os pacientes relatam que gostam de fazer”, informou a psicóloga.
O usuário Edilson Sousa dos Santos contou que a atividade lhe ajudou muito a superar suas limitações. “Gostei muito da dança, me ajudou muito. Eu estava com problema de locomoção, não conseguia me mover, nem deitar sozinho na cama. Agora, já não estou mais assim. Estou bem melhor”, garantiu o usuário.
Saúde emocional – Ainda segundo a psicóloga Inara Rodrigues, que também é coreógrafa, professora de dança e bailarina formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com ampla experiência em dançaterapia para doenças neurológicas, em especial as neurodegenerativas, utilizar essas estratégias em um momento que os usuários estão internados auxilia, principalmente, a saúde emocional e o bem-estar.
“A dança também pode ser utilizada como recurso terapêutico para a atenuação de sintomas psiquiátricos e/ou físicos. Logo, compreende-se que tal modalidade artística tem benefícios biopsicossociais, e se configura como uma excelente estratégia para os usuários internados no Hospital Regional Público do Leste. Contudo, são necessárias adaptações nas atividades, por estarmos falando de um contexto hospitalar”, ressaltou Inara Rodrigues.
A ação envolveu a equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistente social, nutricionistas e fonoaudiólogas), entre outros, que avaliaram cada paciente para autorizar a dançaterapia.
Ascom HRPL