Inflação dos EUA sobe 1,3% em junho, quase o dobro da brasileira
Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, o índice inflacionário americano atingiu 9,1%, o maior em 40 anos
A inflação ao consumidor nos Estados Unidos subiu 1,3% no mês de junho, após avançar 1,0% em maio, segundo dados do CPI, índice de preços ao consumidor, divulgados nesta quarta-feira (13/7). O crescimento é quase o dobro do registrado no Brasil no mesmo período — 0,67%.
Fatores que puxaram a inflação norte-americana para cima foram os preços de combustíveis, comida e preço do aluguel para os mais pobres. O novo aumento promete consolidar as projeções de que o Banco Central norte-americano, Federal Reserve (Fed), siga aumentando as taxas de juros, com avanço estimado em 0,75 ponto percentual ao final deste mês.
O aumento dos preços é reflexo dos problemas nas cadeias de fornecimento globais e estímulos fiscais adotados para conter a crise global ocasionada pela pandemia de Covid-19. Além disso, a guerra na Ucrânia, responsável por um pico no aumento do preço de commodities como o petróleo e alimentos agrícolas, é também um agravante ao contexto instável.
Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses encerrado no mês seis de 2022, o índice inflacionário americano atingiu 9,1%, o maior em 40 anos e meio, superando as estimativas do mercado. Por aqui, o acumulado registrou alta de 11,89%.
Aumento dos juros
Os Estados Unidos iniciaram o ciclo de elevação das taxas de juros no mês de março e, desde então, já houve três acréscimos. A alta mais recente, equivalente a 0,75 ponto percentual, foi a maior desde 1994.
Acompanhando o movimento, o dólar operou em alta nesta quarta (13), e chegou a superar o euro, antes de retornar ao nível de paridade. Como a economia norte-americana é considerada a mais segura do mundo, juros mais elevados tornam os ativos dos EUA mais atraentes, valorizando a moeda.
(EBC)