Paragominas aciona STJD pedindo adiamento e bloqueio dos repasses do Parazão 2023
Presidente do Jacaré diz que o clube “deu todas as entradas necessárias” para que o Campeonato Paraense não tenha início antes do julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva
O Paragominas acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo o adiamento e bloqueio dos repasses do Parazão 2023, de acordo com o presidente do clube.
Em conversa com o ge Pará, Paulo Toscano, mandatário do Jacaré, disse que o clube “deu todas as entradas necessárias” para que o Campeonato Paraense, que começa no próximo dia 21, não tenha início antes do julgamento do STJD.
O Paragominas, que foi rebaixado no Parazão 2022, entende que Bragantino e Águia de Marabá disputaram o Campeonato Paraense da temporada passada de forma irregular, pois escalaram jogadores que deveriam ter cumprido suspensão.
No último dia 19 de dezembro, o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), decidiu pela anulação do julgamento que havia punido os atletas Athos e Guga, de Bragantino-PA e Águia de Marabá, respectivamente. Com isso, Paragominas e Amazônia Independente ficaram de fora do Parazão 2023.
O mandatário do Paragominas afirma que o julgamento realizado em Belém “foi uma vergonha”.
– Eles só isentaram os dois atletas (Guga e Hatos). Não fizeram as perdas de pontos para as duas equipes. Cadê as perdas de pontos? Tem que ter. Fizeram tudo errado, beneficiando Águia de Marabá e Bragantino.
A reportagem do ge Pará entrou em contato com a FPF, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Entenda o caso
Os meias Hatos e Guga foram denunciados pelo Paragominas por estarem atuando de maneira irregular no Campeonato Paraense 2022. Na época, o TJD-PA até suspendeu a disputa das quartas de final.
Hatos foi expulso na elite estadual do ano de 2021, quando atuava pelo Itupiranga, pelo jogo de ida das quartas de final contra a Tuna Luso. Ele foi julgado após a competição e recebeu cinco jogos de suspensão, cumprindo um no duelo de volta contra a Tuna e tendo que ficar de fora de outras quarto partidas de qualquer competição promovida pela FPF.
O jogador assinou contrato com o Cametá para a disputa da Série B do Paraense de 2021, mas atuou normalmente em seis jogos. No Parazão deste ano, também não cumpriu a decisão do TJD-PA, defendendo o Braga em cinco partidas.
Assim como Hatos, Guga também foi expulso no jogo de ida das quartas de final do Parazão 2021, atuando pelo Itupiranga. Na ocasião, o jogador cumpriu suspensão no jogo de volta e, após a eliminação do clube, o meia foi julgado pelo TJD-PA e pegou dois jogos de gancho.
Como já havia cumprido um, deveria cumprir o outro na próxima competição promovida pela FPF. O Águia contratou o meia e, assim como de outros atletas, solicitou uma consulta à Federação sobre possíveis irregularidades.
O Itupiranga chegou acusado de não ter informado os atletas sobre o julgamento após o estadual de 2021. Porém, o presidente Izaias Alves enviou um ofício ao TJD-PA se defendendo e alegando que viu respaldo da FPF no caso.
O Bragantino também solicitou uma consulta sobre a situações dos atletas para a competição estadual. Em entrevista, o presidente do conselho deliberativo do clube, Cláudio Wagner, afirmou que a Federação respondeu com atraso de cerca de dois meses.
(GE PA)
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