Norte e Nordeste tiveram gasto de R$ 32,6 milhões com doenças de veiculação hídrica, atreladas à falta de saneamento básico
As duas regiões apresentam os maiores gargalos para alcançar a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033
Segundo dados do Painel de Saneamento Brasil, a partir das informações públicas mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do DATASUS, portal do Ministério da Saúde, o Nordeste é a região com mais casos de internações por doenças de veiculação hídrica – foram mais de 59 mil internações em 2021. Por outro lado, no Norte, ocorreram 25 mil hospitalizações por enfermidades associadas à falta de saneamento.
A maior parte das internações por doenças foi provocada pela falta de saneamento básico. Como um dos maiores desafios, na região Nordeste apenas 30,2% da população possui coleta de esgoto – enquanto apenas 35,5% do esgoto produzido é tratado.. A mesma dificuldade é vista no Norte do país, onde somente 14% da população possui coleta de esgoto e somente 20,6% do esgoto gerado é tratado.
Em 2021, as mais de 84.000 mil hospitalizações decorrentes das internações por doenças de veiculação hídrica nas regiões Norte e Nordeste, resultaram num custo de aproximadamente R$ 33 milhões. A região Nordeste apresenta a maior despesa com internações por doenças de veiculação hídrica: R$ 23,3 milhões, enquanto no Norte os gastos foram de R$ 9,3 milhões. A falta de acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário resultaram em 2021, em um total de 746 óbitos nas regiões.
Tabela 1 – Indicadores de saúde nas regiões brasileiras em 2021
Ainda relacionando saneamento e doenças em 2021, os dados mostram que o país teve uma despesa de mais de R$ 54 milhões por doenças de veiculação hídrica (diarreicas, dengue, leptospirose, esquistossomose e malária).
(Ascom Instituto Trata Brasil)
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