Após Ibama, servidores de ICMbio e ministério discutem paralisação
Servidores de órgãos ligados à preservação do meio ambiente cobram a reestruturação das carreiras. Ibama anunciou paralisação nessa terça
Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA) discutem aderir à paralisação das atividades, após cerca de 1.200 funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cruzarem os braços por melhores condições de trabalho.
Os servidores de órgãos ligados ao meio ambiente cobram valorização e a reestruturação das carreiras. Em outubro deste ano, representantes da categoria se reuniram com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) em uma primeira rodada de negociações sobre a modernização dos planos de carreira.
Na ocasião, a Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ascema) e a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) apresentaram uma proposta em que pedem a incorporação de uma gratificação por atividades de risco e de uma indenização pelo exercício de atividades em localidades estratégicas, que incluem áreas de difícil acesso, inóspitas e em condições adversas.
O Ministério do Meio Ambiente informou que está em diálogo com o MGI para apresentar um cronograma das próximas etapas de negociação com os servidores. “A reestruturação das carreiras ambientais é uma prioridade para o MMA”, disse.
A pasta da Gestão e Inovação disse ter concedido reajuste de 9% e aumento de 43,6% no auxílio alimentação para todos os servidores da administração pública federal, o que inclui os empregados dos órgãos ligados ao meio ambiente.
O ministério também informou que já fechou sete acordos para reestruturação de carreiras de servidores públicos federais. No entanto, a pasta não deu detalhes sobre o calendário referente às negociações com representantes das carreiras ambientais.
Paralisação no Ibama
Funcionários de carreira do Ibama anunciaram, nessa terça-feira (2/1), a paralisação das atividades de fiscalização em meio à falta de posicionamento do governo federal sobre possíveis melhorias nas condições de trabalho da classe.
Em carta endereçada ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, os funcionários públicos destacam a importância do trabalho do órgão no combate ao desmatamento ilegal no Brasil e reforçam a necessidade de uma reestruturação de carreira.
Serão paralisados:
- Operações de fiscalização ambiental na Amazônia;
- Fiscalização em terras indígenas, como a Yanomami;
- Vistorias de processos de licenciamento ambiental;
- Prevenção e combate a incêndios florestais;
- Atendimentos emergenciais.
(Metrópoles)
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