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Pará tem redução de incidência de dengue, zika e febre amarela em 2023

A Sespa alerta a população que eliminar o mosquito transmissor da dengue é fundamental e disponibiliza informações sobre a doença, como é adquirida e como é a transmissão para evitar novos casos

A Sespa alerta a população que eliminar o mosquito transmissor da dengue é fundamental e disponibiliza informações sobre a doença, como é adquirida e como é a transmissão para evitar novos casos

De acordo com o balanço do monitoramento de casos de arboviroses no Estado do Pará, realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), as ocorrências confirmadas de dengue no ano de 2023 diminuíram 9% em relação ao ano anterior. O documento indica ainda que as ocorrências de zika caíram 65% no mesmo período e, não houve nenhum caso de febre amarela no ano passado. 

As arboviroses são doenças virais transmitidas principalmente por mosquitos, como o Aedes aegypti. A Sespa alerta a população que eliminar o mosquito transmissor da dengue é fundamental, sendo assim, a Secretaria disponibiliza informações sobre a doença, como é adquirida e a forma de transmissão para conter novos casos. Mesmo com ações realizadas pelos orgãos municipais de saúde, é fundamental a participação da população para a eliminação dos criadouros do mosquito.

“É necessário eliminar todos os possíveis criadouros de mosquito dentro e fora de casa, pois o Aedes aegypti é um mosquito muito perigoso que pode transmitir doenças graves”, alerta a coordenadora de Arboviroses da Sespa, Aline Carneiro, ao mencionar o período chuvoso em ascensão no Pará, que segundo ela, é o cenário ideal para o aumento significativo nas notificações de casos de dengue.

No ano de 2023, foram 4.485 casos confirmados de dengue em todo o Pará. Os cinco municípios com mais casos da doença confirmados no ano passado foram Belém (417), Parauapebas (415), Altamira (341), Afuá (210) e Vitória do Xingú (191). Em relação às outras arboviroses, o Pará registrou os seguintes números no ano passado: zika vírus (14), febre mayaro (25) e febre chikungunya (194). 

Com relação à febre de zika vírus, o Estado do Pará registrou 16 casos confirmados, correspondendo ao mesmo número de ocorrências confirmadas no mesmo período de 2021. Os municípios com mais casos confirmados são Santarém (15) e Tucumã (01).

Ações da Sespa – Segundo Aline Carneiro, a Sespa, por meio do Departamento de Controle de Endemias e da Coordenação Estadual de Arboviroses, segue trabalhando em conjunto com os municípios oferecendo assessoria técnica, capacitação de profissionais e repasse de insumos quando necessário. 

Entre as principais ações realizadas no ano passado, estiveram a contínua execução do Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika vírus; implantação de 81 salas de situação das arboviroses, sendo 76 municipais e cinco regionais e a supervisão e monitoramento do controle vetorial, assistência e vigilância epidemiológica das arboviroses em Paragominas, Breves, Cametá, Tailândia, Cachoeira do Piriá, São Miguel do Guamá e Bragança. 

No mês de dezembro passado, foi realizada a “Semana do Dia D das arboviroses”, ocorrida no Parque do Utinga e Praça da República, em Belém, que foi um trabalho educativo e divulgação supervisionada pela Sespa em rádios de 32 municípios. “Ressalto ainda que as ações diretas de combate ao mosquito são responsabilidade das gestões municipais”, explica Aline Carneiro. 

Sinais e sintomas

As manifestações clínicas da dengue, chikungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção aos principais sintomas que são: febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve. 

Já a chikungunya se manifesta com: febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada de pacientes com esses sintomas, ou seja, qualquer pessoa que sinta febre alta (acima de 38 graus), dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite e/ou dor de cabeça deve procurar uma UBS mais próxima.

“É importante que as pessoas com sintomas procurem atendimento, pois esses dados são fundamentais para descrição do cenário epidemiológico e na condução de decisões no fortalecimento das estratégias de vigilância das Arboviroses”, observa Aline, ao ressaltar ainda que as secretarias municipais de Saúde precisam notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses até 24 horas os casos graves e óbitos por dengue, chikungunya e zika.

Medidas preventivas:

Quanto à população, a profissional orienta que não se automedique ao aparecimento de sintomas, mas sim, que procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados no seu domicílio:

• Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados; 
• Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada; 
• Não deixar água acumulada sobre a laje; 
• Manter garrafas com boca virada para baixo; 
• Acondicionar pneus em locais cobertos; 
• Proteger ralos sem tampa com telas finas;
• Manter as fossas vedadas;
• Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;
• Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.

Para solicitar orientações e denunciar a existência de possíveis criadouros de mosquitos, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde do seu município.

(SESPA)

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