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PF diz que exploração de dendê está por trás de conflito entre indígenas no Pará

Vítima relata que teve aldeia invadida e que grupo armado permanece no local mesmo após prisão de lideranças nesta última segunda-feira (29), em uma operação da Polícia Federal.

Vítima relata que teve aldeia invadida e que grupo armado permanece no local mesmo após prisão de lideranças nesta última segunda-feira (29), em uma operação da Polícia Federal.

De acordo com a Polícia Federal, a exploração do dendê está por trás dos conflitos entre indígenas na região de Tomé-Açu, no nordeste do Pará. Nesta última segunda-feira (29), dois indígenas foram presos em uma operação da PF.

“Eles ingressam em áreas não indígenas, reivindicando como território indígena, e essas áreas têm em sua maioria plantação de dendê. Essa atuação desses grupos, nessas invasões a plantações de dendê, ocorre há pelo menos dois anos”, diz o delegado da PF Vinícius Lima.

Os casos recentes de conflitos entre povos indígenas na região são investigados pela Polícia Federal. No início de janeiro, um grupo de pistoleiros, comandado por um indígena, deixou três pessoas feridas dentro de uma aldeia.

“A gente percebe que essa luta deles, na verdade, esse conflito que eles estão causando não é por território, é somente por meio lucrativo”, afirma uma mulher que prefere não se identificar. Segundo ela, a terra indígena onde vivia, a comunidade “Iting”, em Tomé-Açu, foi invadida em uma disputa interétnica.

Investigações

Segundo a PF, os dois indígenas são investigados crimes como tentativa de homicídio, associação criminosa, milícia privada, posse ilegal de arma de fogo, dentre outros.

O que motivou o pedido de prisão das duas lideranças indígenas são os crimes contra a própria comunidade e os povos tradicionais da região, informou a PF.

“Em relação aos conflitos, nós identificamos que tanto Marquês Tembé e quanto Paratê També são os maiores motivadores contra a comunidade indígena e o povo quilombola da região”, diz o delegado Vinícius Lima.

Para uma indígenas que não quis se identificar, a prisão de Marquês Tembé e Paratê També não resolve o problema na comunidade.

“Apesar de eles terem sido presos, os grupos criminosos continuam dentro de nossos territórios. As lideranças foram presas, mas o grupo continua ali, fazendo ameaça”, lamenta.

(G1)

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