Paragominas suspende contratos de trabalho de 80 empregados no Pará, diz Hydro
RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Mineração Paragominas, da norueguesa Norsk Hydro, vai suspender os contratos de trabalho de 80 empregados por até cinco meses, a partir de 20 de julho, e reduzir em 175 o número de posições de terceirizados na mina ao longo das próximas semanas, informou a companhia em nota nesta terça-feira.
A medida ocorre devido ao embargo parcial de operações da refinaria Hydro Alunorte, que processa a bauxita de Paragominas, desde fevereiro, depois de acusações de que a empresa teria contaminado rios e floresta da Amazônia com produtos utilizados na planta, como soda cáustica e metais pesados.
A Alunorte reconheceu o despejo ilegal de efluentes da refinaria, mas nega que tenha contaminado o meio ambiente com os produtos nocivos.
Com a paralisação parcial das operações da Alunorte em Barcarena, a Mineração Paragominas vem operando, desde março, com 50 por cento de sua capacidade, frisou a Hydro, explicando que o recurso de conceder férias coletivas tem sido usado para mitigar a redução da produção e das atividades na mina.
“Após o uso de férias coletivas, foi necessário recorrer à suspensão dos contratos de trabalho, que foi aprovada em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Extrativistas do Amapá e Pará (STIEAPA), com o objetivo de manter os empregos a longo prazo”, disse a empresa.
A Hydro ressaltou que a suspensão temporária do contrato de trabalho respeita o acordo coletivo com os empregados da Mineração Paragominas.
Por Marta Nogueira