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Paragominas – Murilo Zancaner, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, fala sobre a alta no preço da carne bovina

A  elevação dos preços da carne bovina causou alvoroço entre os consumidores brasileiros 
Murilo Zancaner, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas

O aumento nacional nos preços da carne bovina chocou os moradores de Paragominas, a cidade outrora referenciada como Capital do Boi Gordo.

O site Célia Santos, procurou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP), Murilo Zancaner, para falar sobre o assunto e ele explicou:

Ela (a carne) voltou para o patamar normal. Porque dois ou três anos aí que ela tava sendo achatada. Tava fora do normal. E aí o pecuarista não tava investindo mais em pastagem; arrumar pastagem. Não tava investindo em compra de animais bons; tava matando fêmea e tava exportando o bezerro. Por que o mercado não tava pagando, né?! Aí aconteceu uma série de coisas que provocaram o desabastecimento.

Uma das justificativas apontadas para o aumento foi o surto de Peste Suína Africana (PSA) que atingiu a China e obrigou o país a importar mais carne bovina brasileira. Quanto a isso Murilo Zancaner afirmou:

O aumento que teve de exportação para China ele saiu do Egito, saiu do Irã. Deixaram de exportar para o Irã, para o Egito, e foi para um mercado melhor que a China. Mas o que foi exportado foi a mesma quantidade. Então, não teve influência disso aí no preço. Teve influência foi na quantidade de gado oferecido. O Pará tem um potencial enorme de produção. O que precisa é investir em tecnologia, investir no pecuarista. Abrir linhas de financiamento para ele poder se restabelecer e a gente vai voltar produzir e exportar cada dia mais.

Zancaner informou que o abate no frigorífico local está operando em volta dos 50% de sua capacidade:

Está com pouca oferta, mas tá dando para tocar. A gente espera agora a normalização da arroba (parou de subir),  já deu uma estabilizada. Aí o pessoal que estava segurando o gado volta a vender e volta tudo ao normal.

Sobre a possibilidade de recuo nos preços que estão sendo praticados atualmente falou:

Eu acho que não vai voltar ao patamar que estava antes. Ele (o preço) vai abaixar um pouco, mas não vai voltar ao que estava antes porque estava defasado.

O acréscimo chegou a mais de 50% em alguns açougues da cidade.  Os cortes mais baratos, que oscilavam entre r$ 9,90 e r$11, podem ser encontrados por até r$ 17.

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