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{"id":12009,"date":"2020-08-26T10:34:33","date_gmt":"2020-08-26T13:34:33","guid":{"rendered":"https:\/\/www.noticiasdiarias.com.br\/?p=12009"},"modified":"2020-08-26T10:34:33","modified_gmt":"2020-08-26T13:34:33","slug":"empregadores-e-trabalhadores-por-conta-propria-cresceram-em-2019","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.noticiasdiarias.com.br\/2020\/08\/26\/empregadores-e-trabalhadores-por-conta-propria-cresceram-em-2019\/","title":{"rendered":"Empregadores e trabalhadores por conta pr\u00f3pria cresceram em 2019"},"content":{"rendered":"
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\u00a9 Marcelo Camargo\/Ag\u00eancia Brasil<\/figcaption><\/figure>\n
Mulheres tiveram participa\u00e7\u00e3o maior que homens<\/span><\/em><\/h6>\n

O contingente de pessoas ocupadas como empregador ou por conta pr\u00f3pria, que estavam em empreendimentos registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jur\u00eddica (CNPJ), aumentou entre 2012 e 2016. Chegou a\u00a02016 com 29,%, mas caiu em 2017 para 28,1%, voltando a crescer, at\u00e9 atingir o maior valor em 2019 (29,3%).<\/p>\n

Apesar do predom\u00ednio masculino entre empregadores e trabalhadores nessas categorias, o percentual de pessoas com registro no CNPJ, representando mais associa\u00e7\u00e3o \u00e0 formalidade, as mulheres, com 30,4%, tiveram percentual maior do que os homens, que ficaram com 28,7%. O maior valor da diferen\u00e7a (2,8 pontos percentuais) em favor das mulheres foi em 2013. Naquele ano, as mulheres tiveram 27,6% e os homens, 24,8%.<\/p>\n

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic\u00edlio Cont\u00ednua (PNAD Cont\u00ednua): Caracter\u00edsticas Adicionais do Mercado de Trabalho 2019, divulgada\u00a0hoje\u00a0(26)\u00a0pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE).<\/p>\n

Regi\u00f5es<\/h2>\n

As menores propor\u00e7\u00f5es de empregadores ou trabalhadores por conta pr\u00f3pria com registro no CNPJ est\u00e3o no Norte (12,1%) e Nordeste (16,3%). Por isso, pode-se considerar que nessas regi\u00f5es h\u00e1 maiores percentuais de trabalhadores na informalidade. Ao contr\u00e1rio, o Sul \u00e9 onde h\u00e1 o maior percentual (41,5%), enquanto em 2018 era 39,8%, representando tamb\u00e9m o maior avan\u00e7o na passagem dos dois anos. \u201cIsso, como a gente j\u00e1 acompanha nas divulga\u00e7\u00f5es conjunturais, \u00e9 um dos fatores que acabam refletindo na taxa de informalidade das regi\u00f5es. Essa baixa incid\u00eancia de CNPJ no Nordeste, explica a alta informalidade na regi\u00e3o, al\u00e9m de ser uma \u00e1rea em que se tem tem baixa cobertura de carteira assinada\u201d, afirmou a analista da pesquisa Adriana Beringuy.<\/p>\n

Nas atividades econ\u00f4micas, a que teve maior percentual foi o com\u00e9rcio,a\u00a0 repara\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos automotores e motocicletas, sendo 42,9% com registro no CNPJ. Na sequ\u00eancia est\u00e3o os servi\u00e7os, com 34,1%, apesar de concentrar maior contingente de trabalhadores. \u201cOnde est\u00e1 havendo mais expans\u00e3o \u00e9 na atividade de agricultura, pesar de ser de menor cobertura do CNPJ, como tamb\u00e9m na ind\u00fastria em geral\u201d.<\/p>\n

Em rela\u00e7\u00e3o a 2012, a atividade de constru\u00e7\u00e3o foi a que teve o maior contingente de trabalhadores. A expans\u00e3o, de 114,1% nos registros do CNPJ, levou a um total de 533 mil pessoas. Nos servi\u00e7os, o avan\u00e7o tamb\u00e9m foi expressivo (65,8%), somando 3,9 milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n

Entre os trabalhadores com CNPJ, 10% tinham o registro entre os 36,8% das pessoas ocupadas por conta pr\u00f3pria sem instru\u00e7\u00e3o e com fundamental incompleto. A taxa de cobertura aumenta conforme o n\u00edvel de instru\u00e7\u00e3o, alcan\u00e7ando 41,8% nos que t\u00eam n\u00edvel superior. Entre as pessoas ocupadas como empregador, a taxa de cobertura naquelas sem instru\u00e7\u00e3o e com fundamental incompleto chegou\u00a0a 52,9% e as com n\u00edvel superior completo, a 42,8%.<\/p>\n

\u201cPor mais que o n\u00edvel de instru\u00e7\u00e3o aumente essa cobertura, o trabalhador por conta pr\u00f3pria, at\u00e9 mesmo aquele com n\u00edvel elevado, ainda tem uma formaliza\u00e7\u00e3o relativamente pequena se comparada aos trabalhadores empregadores, inclusive empregadores com menor n\u00edvel de instru\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n

Cooperativas ou produ\u00e7\u00e3o<\/h2>\n

Em 2019, das 28,7 milh\u00f5es de pessoas ocupadas como empregador ou por conta pr\u00f3pria no trabalho principal, 5,2% eram associadas \u00e0s cooperativas ou produ\u00e7\u00e3o. Para o IBGE, o resultado mostra que esse tipo de arranjo produtivo tem baixa ades\u00e3o. A maior propor\u00e7\u00e3o foi em 2012, quando ficou em 6,4%. Desde ent\u00e3o vem apresentando queda at\u00e9 alcan\u00e7ar a menor, em 2019, com 5,2%.<\/p>\n

O Sul, com 9,3%, \u00e9 o de maior propor\u00e7\u00e3o, seguido do Norte, com 5,5%, Nordeste, com 4,7%, Centro-Oeste, com\u00a0 4,6%, e do Sudeste, 3,9%. \u201cCerca de 49,5% dos trabalhadores cooperativados est\u00e3o nas atividades de agricultura, pecu\u00e1ria, produ\u00e7\u00e3o florestal, pesca e aquicultura, e outro contingente de 20%, sendo 10% para cada um, nas atividades de com\u00e9rcio e de transportes, que incluem as cooperativas de t\u00e1xis\u201d, completou a analista.<\/p>\n

Local de exerc\u00edcio de trabalho<\/h2>\n

No ano passado, entre os 76,7 milh\u00f5es de pessoas da popula\u00e7\u00e3o ocupada no setor privado no Brasil, sem contar com os trabalhadores\u00a0dom\u00e9sticos, 58,4% trabalhavam em estabelecimento do pr\u00f3prio empreendimento, 14,2% em local designado pelo empregador, patr\u00e3o ou fregu\u00eas e 10,4% em fazenda, s\u00edtio, granja e ch\u00e1cara ou em locais desse tipo. Permanecendo na trajet\u00f3ria de decl\u00ednio desde 2015, o trabalho em estabelecimento do pr\u00f3prio empreendimento teve nova queda em 2019 e ficou em 58,4%, ou 44,8 milh\u00f5es de pessoas.<\/p>\n

\u201cA queda nesse tipo de local de trabalho pode estar associada \u00e0 redu\u00e7\u00e3o do emprego com carteira no setor privado. Ent\u00e3o, as atividades das grandes empresas, que respondiam por uma propor\u00e7\u00e3o grande do emprego com carteira, na ind\u00fastria e em alguns servi\u00e7os, podem\u00a0ter\u00a0contribu\u00eddo para a redu\u00e7\u00e3o de import\u00e2ncia, ano ap\u00f3s ano, desse tipo de ambiente de execu\u00e7\u00e3o desses trabalhadores\u201d, afirmou.<\/p>\n

O local designado pelo empregador, patr\u00e3o ou fregu\u00eas apresentou movimento diferente e teve expans\u00e3o de 833 mil pessoas, enquanto o de domic\u00edlio de resid\u00eancia registrou aumento de 745 mil trabalhadores.<\/p>\n

Segundo a pesquisa, no ano passado nenhuma regi\u00e3o superou o movimento de queda da ocupa\u00e7\u00e3o em estabelecimento do pr\u00f3prio empreendimento. O Sudeste, com 63,4%, e o Sul, com 64,7%, permaneceram com as maiores estimativas. Nos \u00faltimos anos, a maior retra\u00e7\u00e3o do indicador foi no Sudeste, que em 2014 registrou o n\u00edvel mais alto (72,1%), mas com as quedas acabou ficando abaixo do Sul a partir de 2018.<\/p>\n

Entre 2014 e 2019, no Sul eram 3,1 milh\u00f5es de trabalhadores com ocupa\u00e7\u00e3o no estabelecimento do pr\u00f3prio empreendimento, mas no Sudeste n\u00e3o passou de 1,6 milh\u00e3o. O Norte (45,5%) e o Nordeste (49,3%) responderam por menos da metade dos trabalhadores com atividades nesse tipo de local, sendo que o Nordeste manteve tend\u00eancia de crescimento no indicador entre 2012 e 2017. As outras regi\u00f5es davam sinais de retra\u00e7\u00e3o. O predom\u00ednio nesse tipo de local para a realiza\u00e7\u00e3o do trabalho \u00e9 das mulheres, com 71,1% na estimativa total em 2019 no pa\u00eds, quando os homens eram 50,8%.<\/p>\n

Os maiores percentuais de trabalhadores em fazenda, s\u00edtio, granja, ch\u00e1cara foram registrados no Norte (17,3%) e no Nordeste (15,4%). Na Regi\u00e3o Sudeste ficou em menos da metade (6,2%). O n\u00famero de pessoas que trabalhavam nesses locais caiu muito nos \u00faltimos anos. Em 2012, eram 9,6 milh\u00f5es, passando para 8 milh\u00f5es em 2019, em todo o pa\u00eds. \u201cO Norte e o Nordeste t\u00eam a principal propor\u00e7\u00e3o. Boa parte da popula\u00e7\u00e3o ocupada est\u00e1 ligada a\u00a0atividades agropecu\u00e1rias, principalmente aquelas de agricultura familiar e pequenos produtores, os que empregam mais no setor, diferentemente do Sudeste ou do Centro-Oeste, em que a agricultura pode ser mais mecanizada e n\u00e3o absorver tantos trabalhadores\u201d.<\/p>\n

Em 2019, eram cerca de 11 milh\u00f5es os que trabalhavam em local designado pelo empregador, patr\u00e3o ou fregu\u00eas. A maior participa\u00e7\u00e3o foi no Centro-Oeste (17,5%). Na Regi\u00e3o Sul\u00a0variou 12,1% e no Norte e Nordeste, 14,6%. J\u00e1 em 2018, os maiores crescimentos foram no Norte (1,7 ponto percentual) e Centro-Oeste (2,1 pontos percentuais).<\/p>\n

O menor \u00edndice de\u00a0pessoas que exerciam a atividade na resid\u00eancia foi no Sul\u00a0(4,1%). O Sudeste, com varia\u00e7\u00e3o de 5,9%, e o Nordeste, com 7,2%, foram as regi\u00f5es com maiores patamares. Conforme a pesquisa, das 745 mil pessoas do crescimento nacional em 2019, 435 mil estavam nessas duas regi\u00f5es. A analista disse que \u00e9 importante deixar claro que o pa\u00eds vive em 2020, em fun\u00e7\u00e3o da pandemia e do isolamento social, o crescimento de pessoas trabalhando em casa. S\u00f3 que do ponto de vista hist\u00f3rico, o trabalho em casa tem que ser um pouco dissociado do que\u00a0hoje\u00a0se classifica como\u00a0home office<\/em>.<\/p>\n

Adriana Beringuy lembrou que das pessoas que trabalham em casa, quase 30% est\u00e3o em atividade de ind\u00fastria, que \u00e9 a manufatureira. Nesse grupo est\u00e3o a costureira que trabalha para uma loja ou uma confec\u00e7\u00e3o, mas fica em casa, o marceneiro que tem na casa dele uma pequena oficina e toda a ind\u00fastria de artesanato, al\u00e9m de outros servi\u00e7os, como a cabeleireira, que p\u00f5e uma placa na porta da casa dela.<\/p>\n

“Ent\u00e3o, \u00e9 preciso dissociar um pouco essa quest\u00e3o no domic\u00edlio de resid\u00eancia em 2019, do que a gente est\u00e1 vendo agora em\u00a0home office<\/em>. Pode ser que no ano que vem,quando a gente for trabalhar os dados de 2020, observe uma redistribui\u00e7\u00e3o dentro desses grupamentos de atividades\u201d, comentou.<\/p>\n

O Norte (5,8%) e o Sudeste (5,4%) registraram os principais percentuais de pessoas trabalhando com ve\u00edculo automotor. Na compara\u00e7\u00e3o com 2018, houve crescimento de 8,2% em todo o pa\u00eds nesse tipo de ocupa\u00e7\u00e3o nesse local de trabalho, atingindo 3,9 milh\u00f5es de pessoas. O Norte teve expans\u00e3o de 16,9%, o Sul de 18,4%, mas no Centro-Oeste houve recuo de 10,6%.<\/p>\n

Por Cristina \u00cdndio do Brasil – Rep\u00f3rter da Ag\u00eancia Brasil – Rio de Janeiro<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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