![\"\"](\"https:\/\/www.noticiasdiarias.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/11\/INCA-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-Brasil-ate-2025-300x239.jpeg\")
S\u00e3o esperados 704 mil casos novos de c\u00e2ncer no Brasil para cada ano do tri\u00eanio 2023-2025, com destaque para as regi\u00f5es Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incid\u00eancia. As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o da publica\u00e7\u00e3o Estimativa 2023 \u2013 Incid\u00eancia de C\u00e2ncer no Brasil<\/a><\/em>, lan\u00e7ada nesta quarta-feira, 23, na sede do INCA, no Rio de Janeiro, como parte da celebra\u00e7\u00e3o do Dia Nacional de Combate ao C\u00e2ncer (27 de novembro).<\/p>\n A\u00a0Estimativa<\/em>\u00a0\u00e9 a principal ferramenta de planejamento e gest\u00e3o na \u00e1rea oncol\u00f3gica no Brasil, fornecendo informa\u00e7\u00f5es fundamentais para a defini\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas.<\/p>\n Ao todo foram estimadas as ocorr\u00eancias para 21 tipos de c\u00e2ncer mais incidentes no Pa\u00eds, dois a mais do que na publica\u00e7\u00e3o anterior, com a inclus\u00e3o dos de p\u00e2ncreas e de f\u00edgado. Esses c\u00e2nceres foram incluidos por serem problema de sa\u00fade p\u00fablica em regi\u00f5es brasileiras e tamb\u00e9m com base nas estimativas mundiais. O c\u00e2ncer de f\u00edgado aparece entre os 10 mais incidentes na regi\u00e3o Norte, estando relacionado a infec\u00e7\u00f5es hep\u00e1ticas e doen\u00e7as hep\u00e1ticas cr\u00f4nicas. O c\u00e2ncer de p\u00e2ncreas est\u00e1 entre os 10 mais incidentes na regi\u00e3o Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.<\/p>\n O tumor maligno mais incidente no Brasil \u00e9 o de pele n\u00e3o melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), pr\u00f3stata (10,2%), c\u00f3lon e reto (6,5%), pulm\u00e3o (4,6%) e est\u00f4mago (3,1%).<\/p>\n Em homens, o c\u00e2ncer de pr\u00f3stata \u00e9 predominante em todas as regi\u00f5es, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do pr\u00f3ximo tri\u00eanio, atr\u00e1s apenas do c\u00e2ncer de pele n\u00e3o melanoma. Nas regi\u00f5es de maior \u00cdndice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de c\u00f3lon e reto ocupam a segunda ou a terceira posi\u00e7\u00e3o, sendo que, nas de menor IDH, o c\u00e2ncer de est\u00f4mago \u00e9 o segundo ou o terceiro mais frequente entre a popula\u00e7\u00e3o masculina.<\/p>\n J\u00e1 nas mulheres, o c\u00e2ncer de mama \u00e9 o mais incidente (depois do de pele n\u00e3o melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano at\u00e9 2025. Nas regi\u00f5es mais desenvolvidas, em seguida vem o c\u00e2ncer colorretal, mas, nas de menor IDH, o c\u00e2ncer do colo do \u00fatero ocupa essa posi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Incid\u00eancia por regi\u00e3o (exclu\u00eddo o c\u00e2ncer de pele n\u00e3o melanoma)<\/strong><\/p>\n Do total dos 704 mil novos casos de c\u00e2ncer a cada ano no Pa\u00eds durante o tri\u00eanio 2023-2025, 70% dos casos est\u00e3o previstos para as regi\u00f5es Sul e Sudeste. O c\u00e2ncer de mama em mulheres (Sul: 71,44\/100 mil; Sudeste: 84,46\/100 mil), o de pr\u00f3stata (Sul: 57,23\/ 100 mil; Sudeste: 77,89\/ 100 mil) e o de c\u00f3lon e reto (Sul: 26,46\/100 mil; Sudeste: 28,75\/100 mil) s\u00e3o os tr\u00eas tipos mais incidentes nessas duas regi\u00f5es.<\/p>\n J\u00e1 nas regi\u00f5es Norte e Nordeste, o c\u00e2ncer de pr\u00f3stata (Norte: 28,40\/100 mil; Nordeste: 73,28\/100 mil) \u00e9 o mais incidente, seguido do c\u00e2ncer de mama feminina (Norte: 24,99\/100 mil; Nordeste: 52,20\/100 mil) e c\u00e2ncer do colo do \u00fatero (Norte: 20,48\/100 mil; Nordeste: 17,59\/100 mil).<\/p>\n Na regi\u00e3o Centro-oeste, o c\u00e2ncer de pr\u00f3stata, com risco estimado de 61,60\/ 100 mil, representa o tipo da doen\u00e7a que mais incide sobre a popula\u00e7\u00e3o, seguido do de mama feminina (57,28\/ 100 mil) e do c\u00e2ncer colorretal (17,08\/100 mil).<\/p>\n Estrat\u00e9gias<\/strong><\/p>\n A coordenadora de Preven\u00e7\u00e3o e Vigil\u00e2ncia (Conprev) do INCA, Liz Maria de Almeida, disse que a entrega da\u00a0Estimativa<\/em>\u00a0\u00e0 sociedade \u00e9 momento tamb\u00e9m para se pensar estrat\u00e9gias mais amplas de combate ao c\u00e2ncer. \u201cHoje, por exemplo, quando a gente diz \u2018olha, n\u00f3s temos que combater o sendentarismo\u2019, precisamos avaliar se as pessoas t\u00eam locais em sua regi\u00e3o para caminhar, para andar de bicleta ou para fazer qualquer outro tipo de exerc\u00edcio; se a gente est\u00e1 falando do combater a obesidade, tem que ver como estamos discutindo com as popula\u00e7\u00f5es locais os padr\u00f5es de alimenta\u00e7\u00e3o\u201d, exemplificou a coordenadora.<\/p>\n Por isso mesmo, para Marianna Cancela, chefe da Divis\u00e3o de Vigil\u00e2ncia e An\u00e1lise de Situa\u00e7\u00e3o da Conprev, \u201co primeiro passo para combater a doen\u00e7a \u00e9 conhec\u00ea-la: saber onde, quando, como e quem ela acomete para que as a\u00e7\u00f5es de controle possam ser planejadas\u201d.<\/p>\n In\u00eas Gadelha, secret\u00e1ria adjunta da Secretaria de Aten\u00e7\u00e3o Especializada \u00e0 Sa\u00fade (Saes) do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, fez um hist\u00f3rico do passo a passo que levou a produ\u00e7\u00e3o da estimativa ao longo dos anos, ressaltando a import\u00e2ncia dos registros de base populacional.<\/p>\n Metodologia<\/strong><\/p>\n O c\u00e1lculo das estimativas de c\u00e2ncer utiliza as bases de dados de incid\u00eancia (casos novos) , provenientes dos\u00a0Registros de C\u00e2ncer de Base Populacional<\/em>\u00a0(RCBP<\/em>) e dos \u00f3bitos, oriundas do\u00a0Sistema de Informa\u00e7\u00f5es sobre Mortalidade<\/em>\u00a0(SIM)<\/em>. A partir da rela\u00e7\u00e3o entre incid\u00eancia e mortalidade (I\/M), modelos estat\u00edsticos s\u00e3o utilizados para definir a melhor predi\u00e7\u00e3o. Essa escolha depende da disponibilidade das informa\u00e7\u00f5es, conferindo maior ou menor precis\u00e3o.<\/p>\n \u201cUtilizamos metodologia an\u00e1loga \u00e0 empregada na elabora\u00e7\u00e3o das estimativas mundiais\u201d, explicou a pesquisadora da Divis\u00e3o de Vigil\u00e2ncia e An\u00e1lise de Situa\u00e7\u00e3o do Instituto Marceli de Oliveira Santos. \u201cAmpliar a disponibilidade das informa\u00e7\u00f5es sobre incid\u00eancia \u00e9 fundamental\u201d. Al\u00e9m de apresentar os n\u00fameros da\u00a0Estimativa<\/em>\u00a0na cerim\u00f4nia, ela mostrou como acessar a publica\u00e7\u00e3o no Portal do INCA (Assuntos>C\u00e2ncer>N\u00fameros de c\u00e2ncer>Estimativas de C\u00e2ncer) e navegar pelas informa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n A metodologia e as bases de dados utilizadas a cada edi\u00e7\u00e3o da\u00a0Estimativa<\/em>\u00a0s\u00e3o diferentes em fun\u00e7\u00e3o da melhoria da quantidade e da qualidade das informa\u00e7\u00f5es de incid\u00eancia e mortalidade ao longo do tempo. Por essa raz\u00e3o, a compara\u00e7\u00e3o com estimativas passadas n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel.<\/p>\n \u201cEsperamos que essas informa\u00e7\u00f5es sirvam de subs\u00eddios n\u00e3o apenas para gestores, mas \u00e0 conscientiza\u00e7\u00e3o de toda a popula\u00e7\u00e3o para a ado\u00e7\u00e3o de boas pr\u00e1ticas de controle do c\u00e2ncer\u201d, disse Ana Cristina Pinho, diretora-geral do INCA. \u201cE que seja um est\u00edmulo a pesquisadores, profissionais de Sa\u00fade e gestores, comunicadores e para toda a sociedade.\u201d<\/p>\n O evento de lan\u00e7amento da\u00a0Estimativa 2023 \u2013 Incid\u00eancia de C\u00e2ncer no Brasil<\/em>\u00a0, media por Daniella Daher, do Servi\u00e7o de Comunica\u00e7\u00e3o Social do Instituto, pode ser assistido na \u00edntegra pela\u00a0TV INCA<\/a>.<\/p>\n (Ascom Instituto Nacional de C\u00e2ncer – INCA)<\/p>\n Acesse as nossas redes sociais<\/p>\n Instagram:\u00a0@sitenoticiasdiarias<\/a><\/p>\n Facebook:\u00a0noticiasdiariascs<\/a><\/p>\n