Os ind\u00edgenas da etnia Temb\u00e9 tamb\u00e9m tiveram problemas com madeireiros em 2018 (Arquivo Pol\u00edcia Civil<\/figcaption><\/figure>\nInd\u00edgenas da aldeia Tekohaw, localizada na Reserva Ind\u00edgena Alto Rio Guam\u00e1, na altura do munic\u00edpio de Paragominas, sudeste paraense, denunciaram \u00e0 Reda\u00e7\u00e3o Integrada de O Liberal, na \u00faltima quinta-feira, 29, que est\u00e3o sendo amea\u00e7ados por madeireiros da regi\u00e3o. Uma das lideran\u00e7as ind\u00edgenas relatou que os madeireiros est\u00e3o amea\u00e7ando invadir a aldeia. O clima, segundo os relatos, \u00e9 de desespero.<\/p>\n
De acordo com uma funcion\u00e1ria do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) que atua na regi\u00e3o e n\u00e3o quis se identificar, tudo come\u00e7ou no dia 8 de agosto, quando ind\u00edgenas a contactaram para informar que estava ocorrendo extra\u00e7\u00e3o ilegal de madeira na \u00e1rea. “Mandaram uma s\u00e9rie de fotos e v\u00eddeos das \u00e1reas demarcadas sendo invadidas, e eu fiz uma den\u00fancia formal ao Minist\u00e9rio P\u00fablico e ao Ibama”, explicou a funcion\u00e1ria.<\/p>\n
J\u00e1 no final do m\u00eas, dia 26 de agosto, ap\u00f3s as den\u00fancias n\u00e3o surtirem efeito, as lideran\u00e7as informaram \u00e0 funcion\u00e1ria do Ideflor-Bio que iriam passar a fazer a vigil\u00e2ncia de suas terras por conta pr\u00f3pria, pois os madereiros estavam entrando e extraindo madeira sem nenhum tipo de autoriza\u00e7\u00e3o. “Ent\u00e3o eles resolveram reunir um grupo de ‘guerreiros’, como eles falam, para ver o que realmente estava acontecendo na \u00e1rea”.<\/p>\n
Na ter\u00e7a-feira, 27, as lideran\u00e7as enviaram \u00e0 funcion\u00e1ria o resultado da “expedi\u00e7\u00e3o”. V\u00e1rios equipamentos, como serras el\u00e9tricas, tratores, entre outros, foram apreendidos e destru\u00eddos pelos ind\u00edgenas, que fizeram tudo sem o apoio dos \u00f3rg\u00e3os respons\u00e1veis pela fiscaliza\u00e7\u00e3o em \u00e1reas de demarca\u00e7\u00e3o. Em retalia\u00e7\u00e3o \u00e0s apreens\u00f5es, na quarta, 28, madereiros se dirigiram \u00e0 entrada da aldeia e amea\u00e7aram invadir, segundo relatos.<\/p>\n
Ind\u00edgenas da aldeia Tekohaw, localizada na Reserva Ind\u00edgena Alto Rio Guam\u00e1, na altura do munic\u00edpio de Paragominas, sudeste paraense, denunciaram \u00e0 Reda\u00e7\u00e3o Integrada de O Liberal, na \u00faltima quinta-feira, 29, que est\u00e3o sendo amea\u00e7ados por madereiros da regi\u00e3o. Uma das lideran\u00e7as ind\u00edgenas relatou que os madereiros est\u00e3o amea\u00e7ando invadir a aldeia. O clima, segundo os relatos, \u00e9 de desespero.<\/p>\n
De acordo com uma funcion\u00e1ria do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio) que atua na regi\u00e3o e n\u00e3o quis se identificar, tudo come\u00e7ou no dia 8 de agosto, quando ind\u00edgenas a contactaram para informar que estava ocorrendo extra\u00e7\u00e3o ilegal de madeira na \u00e1rea. “Mandaram uma s\u00e9rie de fotos e v\u00eddeos das \u00e1reas demarcadas sendo invadidas, e eu fiz uma den\u00fancia formal ao Minist\u00e9rio P\u00fablico e ao Ibama”, explicou a funcion\u00e1ria.<\/p>\n
J\u00e1 no final do m\u00eas, dia 26 de agosto, ap\u00f3s as den\u00fancias n\u00e3o surtirem efeito, as lideran\u00e7as informaram \u00e0 funcion\u00e1ria do Ideflor-Bio que iriam passar a fazer a vigil\u00e2ncia de suas terras por conta pr\u00f3pria, pois os madereiros estavam entrando e extraindo madeira sem nenhum tipo de autoriza\u00e7\u00e3o. “Ent\u00e3o eles resolveram reunir um grupo de ‘guerreiros’, como eles falam, para ver o que realmente estava acontecendo na \u00e1rea”.<\/p>\n
Na ter\u00e7a-feira, 27, as lideran\u00e7as enviaram \u00e0 funcion\u00e1ria o resultado da “expedi\u00e7\u00e3o”. V\u00e1rios equipamentos, como serras el\u00e9tricas, tratores, entre outros, foram apreendidos e destru\u00eddos pelos ind\u00edgenas, que fizeram tudo sem o apoio dos \u00f3rg\u00e3os respons\u00e1veis pela fiscaliza\u00e7\u00e3o em \u00e1reas de demarca\u00e7\u00e3o. Em retalia\u00e7\u00e3o \u00e0s apreens\u00f5es, na quarta, 28, madereiros se dirigiram \u00e0 entrada da aldeia e amea\u00e7aram invadir, segundo relatos.<\/p>\n
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“\u00c9 um grupo enorme, com mais de 40 madereiros e fazendeiros armados, que est\u00e3o amea\u00e7ando atacar a aldeia. Estamos desesperados, precisamos de ajuda urgente”, disse uma mulher da etnia Temb\u00e9, em \u00e1udio enviado \u00e0 reportagem.<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
O conflito entre madereiros e ind\u00edgenas na regi\u00e3o de Paragominas j\u00e1 dura mais de 10 anos, de acordo com a funcion\u00e1ria do Ideflor-bio. Neste ano, por\u00e9m, os conflitos se intensificaram, devido \u00e0s declara\u00e7\u00f5es do presidente Jair Bolsonaro sobre a demarca\u00e7\u00e3o de terras ind\u00edgenas, disse a denunciante. “Agora esse grupo se sente mais legitimado para fazer esse tipo de il\u00edcito. Mas esse conflito dura mais de uma d\u00e9cada, porque n\u00e3o h\u00e1 uma rea\u00e7\u00e3o efetiva dos \u00f3rg\u00e3os de fiscaliza\u00e7\u00e3o”, finalizou.<\/p>\n
A reportagem solicitou nota ao Governo do Estado e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama), mas at\u00e9 o fechamento desta edi\u00e7\u00e3o, n\u00e3o obteve resposta.<\/p>\n
(O Liberal)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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