Revendedores dizem que evitam repassar os novos aumentos do botij\u00e3o para n\u00e3o afastar os clientes. | Olga Leiria\/Di\u00e1rio do Par\u00e1<\/figcaption><\/figure>\nOs aumentos no pre\u00e7o do g\u00e1s de cozinha est\u00e3o mudando h\u00e1bitos de consumidores, for\u00e7ando comerciantes a segurar o reajuste e at\u00e9 a possibilidade de fechar as portas. De acordo com a \u00faltima pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estat\u00edsticas e Estudos Socioecon\u00f4micos (Dieese\/PA) e divulgada ontem, o botij\u00e3o de g\u00e1s comercializado no Par\u00e1 \u00e9 considerado o sexto mais caro da regi\u00e3o Norte e o s\u00e9timo do pa\u00eds.<\/p>\n
A alta no pre\u00e7o se mant\u00e9m desde o m\u00eas passado, quando j\u00e1 era poss\u00edvel perceber a coloca\u00e7\u00e3o do Estado no ranking nacional tendo o produto (13 kg) comercializado, em m\u00e9dia, a R$ 75,66, valor que tamb\u00e9m varia de R$ 65 e chega at\u00e9 R$ 100, dependendo do munic\u00edpio. Segundo a an\u00e1lise do Dieese\/PA, o custo impacta o bolso do consumidor. Se for algu\u00e9m que ganha um sal\u00e1rio m\u00ednimo por m\u00eas (R$ 998), por exemplo, o produto representa 7,58% no or\u00e7amento.<\/p>\n
O estudo realizado com base em informa\u00e7\u00f5es da Ag\u00eancia Nacional do Petr\u00f3leo (ANP), tamb\u00e9m demonstra que o pre\u00e7o do botij\u00e3o de 13kg apresentou queda de 0,46% no m\u00eas de setembro quando comparado com agosto. Ainda assim, o m\u00eas passado fechou com o Par\u00e1 ocupando o sexto lugar entre os estados do Norte que comercializam o g\u00e1s mais caro, e o s\u00e9timo de todo o Brasil. Nas cidades de Xinguara, Paragominas, Itaituba, Reden\u00e7\u00e3o e Concei\u00e7\u00e3o do Araguaia, o g\u00e1s pode ser encontrado de R$ 83 at\u00e9 R$ 100. J\u00e1 em Bel\u00e9m, o produto est\u00e1 sendo vendido de R$ 69 at\u00e9 R$ 85.<\/p>\n
No bairro do Umarizal, por exemplo, a equipe do DI\u00c1RIO encontrou um dep\u00f3sito autorizado comercializando o produto por R$ 69. No bairro da Pedreira, a m\u00e9dia \u00e9 de R$ 70. Um desses pontos, onde Nailton Silva \u00e9 representante e atende cerca de 8 bairros da capital, o valor est\u00e1 sendo mantido nos \u00faltimos 12 meses, \u00e0 vista e se comprado no dep\u00f3sito. \u201cAo longo desse \u00faltimo ano, j\u00e1 sofremos uns quatro reajustes, mas n\u00e3o foram repassados ao consumidor. Isso depende muito do mercado. Tentamos segurar ao m\u00e1ximo. Mas, o pre\u00e7o normal est\u00e1 R$ 75, sem entrega e no dinheiro. Com a promo\u00e7\u00e3o que est\u00e1 h\u00e1 um ano, fica por R$ 70\u201d, conta.<\/p>\n
AMEA\u00c7A<\/p>\n
Segundo Nailton, o congelamento do pre\u00e7o do g\u00e1s de cozinha tem mantido uma clientela fiel. Sorte essa que o comerciante Cleber Rodrigues, de 39 anos, n\u00e3o est\u00e1 tendo. No ponto de revenda autorizado que mant\u00e9m h\u00e1 10 anos na Rua Nova, tamb\u00e9m no bairro da Pedreira, os constantes aumentos e sem a possibilidade de repassar ao cliente devido \u00e0 concorr\u00eancia, fizeram com que precisasse demitir tr\u00eas funcion\u00e1rios neste ano.<\/p>\n
Agora ele conta apenas com um para as entregas. \u201cEstamos sufocados. Sofremos com os aumentos. O ganho \u00e9 muito pouco para tanto imposto, pagamento de funcion\u00e1rio e despesas. N\u00e3o est\u00e1 mais dando para manter. Estou desmotivado. N\u00e3o sei por quanto tempo ainda ficarei nesse neg\u00f3cio\u201d, desabafa.<\/p>\n
E n\u00e3o \u00e9 apenas o comerciante que enfrenta dificuldades. A dona de casa Maria de Lourdes de Oliveira, de 52 anos, deixou de cozinhar todos os dias para tentar economizar o g\u00e1s. \u201cEvito fazer comida todos os dias, agora \u00e9 de tr\u00eas em tr\u00eas dias. Est\u00e1 muito caro e a gente n\u00e3o v\u00ea nenhuma redu\u00e7\u00e3o. S\u00f3 aumenta\u201d, reclama.<\/p>\n
(DOL)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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